Uma arara-canindé diferente de todas que já se viu na natureza foi flagrada por uma moradora de Bandeirantes, a 70 km de Campo Grande. Suélen Vian, encontrou um exemplar da espécie com coloração única. O registro tem chamado atenção nas redes sociais.
Para a médica-veterinária Maria Eduarda Monteiro, o caso é típico de mutação genética. “Não é albina, porque ainda tem coloração. Pode ser flavismo ou luteinismo. O flavismo acontece porque tem perda parcial dos pigmentos, ele fica diluído e consegue manter colorações em região como cabeça e penas faciais”, explica.
O caso já chegou ao conhecimento do Instituto Arara Azul. A bióloga conservacionista, Neiva Guedes, deverá analisar as imagens junto com a equipe. Pelo registro, é possível ver que o animal já é adulto e tem um comportamento normal da espécie, ao ter formado um par com outra ave.
Apesar de ter mutação genética, ave já formou par com outro da espécie (Foto: Suélen Vian)
De acordo com o Wikiaves, o flavismo também conhecido como canela é a ausência parcial da melanina, podendo observar um pouco da cor original da ave, porém presença de pigmentos carotenoides.
Já o luteinismo possui ausência total da melanina, mas ainda apresentam pigmentos carotenóides ou psitacina.
Na postagem das redes sociais, ainda há especialistas cogitando a possibilidade de se tratar de um leucismo, quando ocorre a perda completa da melanina nas estruturas de cobertura da pele. O que não acontece nos olhos, mucosas e pele. Animais com manchas irregulares, são chamados de “arlequins”.
Arara-canindé com coloração diferente foi vista mais de uma vez em Bandeirantes (Foto: Suélen Vian)
Por Gabriela Couto