Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

DATA: 06/06/2018 | FONTE: Douradosnews Assassinatos contra mulheres aumentam 45% em 11 anos no MS
Foto: Reprodução / Ilustração gráfica Caribel News

Mato Grosso do Sul desponta entre os Estados com maior índice de assassinatos de mulheres. A análise realizada de 2006 a 2016 foi divulgada nesta terça-feira (05), no Atlas da Violência, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os números apontam crescimento de 45,5% dos crimes, no período. 

No ano do início dos dados (2006), o registro de homicídios em MS era de 55 casos e ‘saltou’ para 80 em 2016, ou seja, crescimento de 45,5%. No entanto, houve um ano no período em que o número foi ainda maior, sendo 2014, com registro de 85 casos. 

O número de crimes coloca MS como um dos mais violentos nesse aspecto. O Atlas realiza um levantamento da taxa de homicídios de mulheres por 100 mil habitantes por UF. MS marca 6,0 no mesmo (2016).

O maior índice está em Roraima, com 10,0. Com 7,2 e 7,1 aparecem Pará e Goiás respectivamente. Mato Grosso registra 6,4, Rondônia 6,2 e Tocantins se assemelha a MS com 6,0.  Todos referentes a 2016. 

A mesma análise proporcional é realizada para o índice por estado de homicídio de mulheres negras. Neste, MS marca 6,3. Goiás é o que registra maior índice neste aspecto com 8,5. Pernambuco registra 7,2.

No que se refere a uma avaliação no número de homicídios em geral (tanto homens quanto mulheres), na análise de 100 mil habitantes por unidade da federação, o registro de MS é de 25,0. O ‘líder’ do ranking é Sergipe, com 64,7. 

Neste âmbito, se compararmos a nível de Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul marcou o menor índice em 2016, já que o registro de em Goiás foi de 45,3, Mato Grosso, de 35,7 e o Distrito Federal com 25,5. 

Brasil registra “recorde” de homicídios 

Em 2016, o Brasil alcançou a marca histórica de 62.517 homicídios, segundo informações do Ministério da Saúde (MS). Isso equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, que corresponde a 30 vezes a taxa da Europa.

Apenas nos últimos dez anos, 553 mil pessoas perderam suas vidas devido à violência intencional no Brasil.

Estupros

O Atlas divulga ainda que em 2016, foram registrados nas polícias brasileiras 49.497 casos de estupro, conforme informações disponibilizadas no 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (tabela 6.5). Nesse mesmo ano, no Sistema Único de Saúde foram registrados 22.918 incidentes dessa natureza, o que representa aproximadamente a metade dos casos notificados à polícia.

Nesse ponto, o documento ressalta que “certamente, as duas bases de informações possuem uma grande subnotificação e não dão conta da dimensão do problema, tendo em vista o tabu engendrado pela ideologia patriarcal, que faz com que as vítimas, em sua grande maioria, não reportem a qualquer autoridade o crime sofrido”.

Com isso, em 2016, o registro do Ministério de Saúde em MS, aponta 113 vítimas, sendo que o (FBSP) Fórum Brasileiro de Segurança Pública, informa 1458 crimes que incluem desde assédio até estupro consumado. 

Se levado em consideração o número de crimes (FBSP), o maior registro se concentra em SP, com 10.055 em 2016. 

Também com registros da FBSP, despontam com grande número deste crime, os estados : Rio de Janeiro (4,308), Paraná (4,164), Rio Grande do Sul (4,144).

Na ánalise geral dos casos em todo o país, o documento constata que cerca de um terço dos casos aconteceram em uma situação em que havia suspeita de o agressor ter ingerido álcool.  E destaca ainda que “a força física e as ameaças foram, em grande parte, o meio empregado para coagir a vítima”.





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