Em entrevista na tarde desta quinta-feira (12), o major Ênio de Souza, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, revelou que os quatro homens que dispararam contra os policiais portavam revólveres calibres 38 e 32. Quatro armas, 4,7 kg de maconha, além de celulares foram apreendidos.
Feridos, eles foram levados ao Hospital Auxiliadora, mas não sobreviveram. A PM acredita que este armamento seria atirado pela muralha do Presídio de Segurança Média de Três Lagoas, assim como drogas.
“Usavam armas comuns, de fácil acesso. A princípio, estavam a pé e quando foram surpreendidos, no momento da abordagem, resolveram enfrentar os policias, com tiros. Nenhum deles portavam documentos”, disse o major.
Polícial presta informações ao hospital durante atendimento aos suspeitos - Foto: André Barbosa/JPNEWS
“A intensão pode ter sido de apenas jogar as armas e as drogas, mas como foram surpreendidos pelos policiais, resolveram enfrentar as equipes da força tática e a radiopatrulha da PM”, disse.
IDENTIFICAÇÃO
Foram identificados os 4 mortos em confronto com a Polícia Militar de Três Lagoas, nesta quinta-feira (12), nas proximidades do presídio masculino da cidade. Três deles têm menos de 20 anos e apenas possui registro de passagens pela polícia por tráfico de drogas.
Marlon é um dos mortos no confronto com a PM - Foto: Álbum de família
Os mortos são Marlon Farias da Silva, de 17 anos, e os irmãos Matheus Batista Rodrigues, de 17, e Maicon Willian Rodrigues Guimarães, de 20. O último Jucivaldo Francisco Nunes Tomaz, conhecido por "Val", de 32 anos, que responde a processos por envolvimento com tráfico.
O último registro policial dele é uma apreensão de crack, em Paranaíba, em 2013, além de processos em andamento na Justiça de Mato Grosso. A reportagem do JP News não localizou dados policiais dos outros mortos.
Os nomes foram dados por parentes, na porta do Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), ainda sem confirmação oficial por autoridades.
A Polícia Militar afirma que os quatro foram flagrados em uma rua próxima ao presídio masculino da cidade e que estariam com revólveres calibres 38 e 32, além de tabletes de maconha.
Eles teriam plano de lançar as drogas e armas sobre a muralha do presídio, a pedido de presos da unidade.
O major Ênio disse que estranhou a quantidade de envolvidos no tráfico de drogas no muro do presídio. “Esta situação já acompanhávamos há algum tempo, em volta do presídio. O que me estranhou foi a quantidade de envolvidos nesta situação. Geralmente são uma ou duas pessoas. Desta vez, haviam quatro. Tivemos a preocupação da superioridade numérica na ação policial, que é um a grande preocupação. Graças a técnica e ao princípio de segurança e o conhecimento policial, não houve ninguém do efetivo ferido na situação”, disse o major.
GALERIA IMAGENS - Fotos: André Barbosa/JPNEWS