Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

DATA: 13/01/2018 | FONTE: istoe.com.br Mulheres em risco Pela primeira vez no Brasil, o total de óbitos femininos por causa de AVC se equipara ao de homens. E elas têm três vezes mais chance de morrer de um novo infarto
ATENÇÃO Ex-tabagista, Roseli demorou a perceber que estava tendo um infarto (Crédito: Gabriel Reis)

A exposição mais intensa aos principais fatores de risco para infarto e acidente vascular cerebral e a negligência no cuidadomédico estão tornando as mulheres cada vez mais vulneráveis às principais doenças cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no ano passado, pela primeira vez, o número de mulheres que morreram de AVC equiparou-se ao de homens, alcançando a marca de 50 mil óbitos. E o total das mortes por infarto entre elas já superou os 45 mil por ano.

É um fenômeno mundial. Na semana passada, um estudo da Universidade de Leeds, no Reino Unido, em parceria com o Instituto Karolinska, na Suécia, mostrou que a população feminina tem três vezes mais chance de morrer de ataque cardíaco depois de já ter sofrido um. Evidências anteriores demonstram que elas recebem tratamento preventivo inadequado mesmo quando exibem o perfil de um indivíduo de risco (hipertensivo e diabético, por exemplo), e, no momento do ataque, têm os sintomas negligenciados. Sinais da iminência de um evento cardiovascular, como pressão arterial elevada, ainda são confundidos, em mulheres, com crises de ansiedade ou de estresse. Por elas, por quem está do lado e pelos profissionais de saúde.

Campanhas de informação

No Rio de Janeiro, a engenheira Camila Epprecht, 33 anos, sofreu um AVC há três anos e enfrentou uma incredulidade em relação a seu quadro. “Ninguém acreditava como uma mulher tão nova tinha tido um problema desse”, conta. Na época, Camila estava sob forte estresse (fator de risco) por conta da conclusão de um trabalho acadêmico. Depois de um ano em recuperação, ela voltou ao trabalho. Em São Paulo, a comerciante Roseli De Caprio, 56 anos, demorou a reconhecer os sintomas de que estava sofrendo um infarto, em setembro de 2017. Só depois de quatro horas de dor, inclusive no peito, procurou ajuda. “Não imaginava que pudesse ser o coração”, diz. Roseli foi tabagista (outro fator de risco importante) até o episódio. Na opinião do médico Roberto Kalil Filho, presidente do Instituto do Coração (SP), faltam campanhas de conscientização dirigidas aos médicos e à população em geral. “Temos que falar da importância dos exames do coração também para as mulheres”, diz. “É fundamental ressaltar a eficácia do tratamento preventivo e do prognóstico.”





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