A Polícia Federal prendeu Antônio Joaquim Mota, nesta terça-feira (20.fev), durante operação em Ponta Porã (MS), cidade que fica na linha de fronteira entre Brasil e Paraguai. O suspeito foi preso preventivamente por tráfico internacional de drogas, posse e tráfico ilegal de arma de fogo e organização criminosa, conforme apurado pelo g1.
Antonio Joaquim Mota foi preso em Ponta Porã (MS). — Foto: Reprodução
De acordo com as informações de fontes ligadas à operação que prendeu Antônio Joaquim Mota, ou "Tonho" como é conhecido no mundo do crime, o suspeito é um dos principais elos de uma organização criminosa responsável por controlar o tráfico internacional de drogas entre Brasil e Paraguai.
"Tonho" é pai de Antônio Joaquim Mota, o "Dom". O filho do suspeito fugiu de helicóptero um dia antes de a Polícia Federal deflagrar operação que pretendia prendê-lo, em 30 de julho do ano passado.
Após a prisão, "Tonho" foi transferido de helicóptero de Ponta Porã para Campo Grande. O suspeito foi encaminhado para o Presídio Federal de Campo Grande. O transporte do preso foi realizado pela aeronave da Coordenadoria Geral de policiamento Aéreo, ligada à Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Traficante foi transportado de helicóptero de Ponta Porã a Campo Grande. — Foto: PF/Reprodução
Tonho é pai de Motinha, que segue foragido por tráfico internacional de drogas. Segundo as investigações, a família Mota permeia as estruturas do crime organizado na fronteira e é uma das responsáveis por ligar a droga produzida no Paraguai a outros países.
O “Clã Mota” é composto pelo pai Antônio Joaquim da Mota, o Tonho, e o filho Dom, além da irmã Cecyzinha Mota, e a mãe Cecy Mota, investigadas por lavagem de dinheiro. A família tem relações próximas com outros líderes do narcotráfico. A família atua no crime desde 1970.
A organização criminosa da família Mota, segundo informações obtidas pelo g1, se especializou no tráfico de cocaína. Para a polícia, o "Clã Mota" constituiu organização criminosa que movimentou toneladas de cocaína do Paraguai para portos brasileiros, através das rotas do tráfico de Mato Grosso do Sul e depois para a Europa.
Dom, filho de Tonho, está na lista da difusão vermelha da Interpol, organização internacional que facilita a cooperação policial mundial e o controle do crime.
Por José Câmara, g1 MS