O ônibus que sofreu um grave acidente com torcedores do Corinthians na Grande Belo Horizonte neste domingo (20) estava com o cronotacógrafo, popularmente conhecido como tacógrafo, irregular há quase três anos.
O aparelho é de uso obrigatório para veículos de grande porte com capacidade para mais de dez passageiros e que andem em velocidade acima de 60 km/h.
O acidente aconteceu entre Brumadinho e Igarapé, e o ônibus seguia rumo a Taubaté, em São Paulo. Dos 43 passageiros, sete morreram no acidente. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga o caso.
De acordo com consulta no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o certificado de verificação de funcionamento regular do veículo foi emitido pela última vez em outubro de 2018, com validade para o mesmo mês de 2020. Essa regularização precisa ser feita a cada dois anos.
O g1 procurou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre as fiscalizações do veículo e aguarda retorno.
O cronotacógrafo, popularmente conhecido como tacógrafo, registra a velocidade e a distância percorrida pelo carro em função do tempo decorrido. O equipamento é essencial em casos de acidentes por conter informações como tempo de direção e períodos de parada.
A validação do aparelho junto ao Inmetro é obrigatório para certificar a confiabilidade dos dados registrados. Em caso de estar regular, as informações são usadas legalmente em caso de acidentes ou denúncias de má condução do veículo.
Veículos de grande porte, como ônibus, caminhão e van, precisam do certificado de verificação do tacógrafo, que deve ser solicitada junto ao Inmetro pela internet..
O veículo saiu de Belo Horizonte e percorreria 519 km até o destino, em Taubaté (SP), mas capotou no km 520 da Rodovia Fernão Dias, na Grande BH.
Os torcedores da Gaviões da Fiel voltavam para Taubaté (SP) após o empate de 1 a 1 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte.
Por Sérgio Marques, TV Globo — Belo Horizonte