O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse na noite desta quarta-feira, 12, que o Estado vai editar um decreto para "regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato". A manifestação ocorre após a gestão do presidente Lula anunciar o término do o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim).
O anúncio de Tarcísio ocorreu por meio do Twitter. Ele destacou que foi aluno de Colégio Militar. "Sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens."
Após o anúncio do governo federal, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) chegou a dizer às 16h33 que "não faz parte do projeto da atual gestão a expansão das escolas cívico-militares". Em novo posicionamento, às 19h38, essa informação foi removida para dizer somente que "esse modelo funciona em uma unidade de ensino vinculada à secretaria, em Guarujá" e que "a decisão do MEC de descontinuar o programa não altera o conteúdo pedagógico oferecido aos estudantes", acrescentou.
A decisão de Tarcísio vai na linha do que já foi anunciado por outros Estados, que decidiram manter o modelo por conta própria.
A rede do Paraná, por exemplo, tem 194 colégios cívico-militares mantidos pelo próprio Estado e 12 em parceria com o ministério. A secretaria disse que trabalha para migrar esses 12 colégios do modelo federal para o estadual.
A secretaria de Santa Catarina prevê um programa específico para absorver as unidades antes incentivadas pelo MEC.
Paula Ferreira e Marco Antônio Carvalho