Moradores atearam fogo na casa onde a menina de 3 anos, estuprada e morta sexta-feira (21), teria sido trocada por droga pela própria mãe. Localizada no bairro Romero Cué, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, a residência ficou completamente destruída. 

Na tarde deste domingo (23), manifestantes revoltados com o crime, bloquearam a ponte da única via de acesso ao bairro para impedir a chegada dos bombeiros e da polícia e atearam fogo na residência. Uma multidão saiu às ruas para cobrar a prisão de todos os envolvidos. Uma mulher, apontada como dona da “boca”, foi agredida pelos moradores.

Segundo a Polícia Nacional, a casa queimada ontem pertence a Luis Barboza, que está preso acusado de tráfico de drogas. A mulher agredida na rua pelos manifestantes é irmã dele.

Também segue preso o adolescente de 17 anos, acusado de ter estuprado e asfixiado a menina até a morte. Imagens de câmera instalada em uma casa do bairro mostraram o adolescente levando a menina no colo.

Conforme as investigações, a mãe da menina, de 42 anos, teria trocado a filha por 30 doses de crack e 100 mil guaranis (em torno de 75 reais). Após o desaparecimento da criança, a mulher negou que tivesse trocado a filha por droga.

Ela alega que teria saído de casa para procurar comida, já que a menina estaria com fome, e quando voltou não a encontrou mais. Entretanto, os investigadores já descobriram que a mulher alimentou a criança com carne e arroz, antes de levá-la até a “boca”, onde a teria trocado por crack. A mulher está presa. 

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Por Helio de Freitas, de Dourados