Quinta-Feira, 09 de Maio de 2024

DATA: 04/10/2022 | FONTE: Correio do Estado Suzano transforma resíduos de eucalipto em corretivos, substratos e fertilizantes para o solo Os produtos vêm sendo utilizados na áreas florestais e começam a ser aplicados por agricultores familiares com projetos vinculados à empresa
A produção maior de celulose requer mais fertilizantes, corretivos e substratos para o solo - Foto: Assessoria/Divulgação

O caminho rumo à sustentabilidade não tem mais volta. 

Tornou-se uma necessidade para a longevidade da humanidade. 

Os gritos e gemidos da natureza estão em aí com a poluição do planeta.

Grandes empresas estão buscando alternativas. 

Em Três Lagoas, o gerente-executivo industrial da Suzano, Eduardo Ferraz, destaca que, por meio da central de tratamento de resíduos, a empresa tem buscado alternativas sustentáveis para reduzir o volume até então destinados aos aterros e, consequentemente, aumentar a eficiência da companhia.

Segundo Eduardo Ferraz, a Suzano começou com a produção de insumos que atuam como corretivos de solo, semelhante ao calcário. 

Já em 2021, a central de tratamento de resíduos foi ampliada, incluindo também a planta de fertilizantes orgânicos.

Agora, a capacidade produtiva da primeira planta - a de corretivo de solo - passou de 2,5 mil toneladas/mês, para 5 mil mil toneladas, também ao mês. 

Já a segunda planta, a de fertilizantes orgânicos, tem capacidade máxima para produzir até 1. mil toneladas de fertilizantes orgânicos e 1.,5 mil toneladas de substrato orgânico ao mês.

Em pouco tempo, a nova central potencializou a competitividade da unidade e tornou o ciclo operacional ainda mais sustentável. 

“O que antes era descarte, agora é se transforma em insumos agrícolas e retorna para nossas florestas”, disse Eduardo Ferraz.

O negócio ficou tão bom que o próprio olho da Suzano cresceu. 

De acordo com Eduardo Ferraz, no primeiro ano de operação, a nova central de tratamento deixou de destinar mais de 130 mil toneladas de resíduos sólidos, entre orgânicos e inorgânicos, para aterros. 

Ele explicou, ainda, que estes resíduos - após processados - foram transformados em 51.600 toneladas de corretivos de solo para retornar para as florestas da companhia, além de 1.775 toneladas de fertilizantes.

Este ano, segundo Eduardo Ferraz, já foram produzidas cerca de 30 mil toneladas de corretivos de solo para retornar para as florestas da Suzano, além de 3 mil toneladas de fertilizantes orgânicos e substratos para colocação no mercado agrícola. 

“Esse ano, 100% dos resíduos minerais estão sendo reciclados para produção de corretivos de acidez para uso nas florestas da empresa e, ao mesmo tempo, a planta de orgânicos recebe e processa todo lodo biológico e a parcela de cascas de eucalipto não utilizada na produção de energia para produção de fertilizantes orgânicos e substratos”, esmiuçou Eduardo Ferraz.

Questionado sobre que tipo de fertilizante a Suzano está produzindo em Três Lagoas, Eduardo Ferraz informou que se trata de um resultado do processamento de lodos biológicos de Estação de Tratamento de Efluentes e de cascas de eucalipto. 

Atualmente, a planta tem capacidade para processar cerca de 5 mil toneladas de lodos biológicos de ETEs - Estação de Tratamento de Efluentes - e 2,5 mil toneladas de cascas de eucalipto ao mês. Tudo para transformá-los em fertilizantes e substratos orgânicos.

O fertilizante orgânico, produzido a partir da compostagem do lodo biológico, é um produto estabilizado rico em matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio e micronutrientes. 

Tem sido utilizado nas áreas de produção de fruticultura, horticultura e jardinagem. 

O substrato orgânico, produzido a partir das cascas ou da mistura dos dois materiais, é rico em matéria orgânica, tem alta capacidade de retenção de água, melhora a estrutura física do solo, além da alta capacidade da troca de cátions, também no solo.

Na Suzano, a demanda por fertilizantes, corretivos de solo e substratos na atividade florestal é bastante elevada. 

Segundo Eduardo Ferraz, são 458 mil hectares em Mato Grosso do Sul. 

Deste total, 169 mil hectares são áreas de preservação ambiental. 

A produção de corretivo de acidez, atualmente, é 100% destinada à atividade florestal. 

Já a produção de fertilizantes orgânicos e substratos são destinadas ao mercado, o que se torna uma grande contribuição no fornecimento de insumos para produtores regionais.

Todos estes insumos agrícolas produzidos na central de tratamento de resíduos são certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e poderiam ser aplicados em outras culturas. 

No entanto, a prioridade dos corretivos é a atividade florestal da empresa, já que é uma demanda do ciclo produtivo, enquanto os fertilizantes orgânicos e substratos são destinados ao mercado da região e vem sendo utilizados em várias culturas.

Apesar de tratar-se uma produção de subsistência – ainda que elevada -, uma parcela significativa dos orgânicos vem sendo destinada a instituições de agricultura familiar, no caso, apoiadas pela Suzano por meio dos projetos de desenvolvimento social, que buscam o fortalecimento na geração de trabalho no campo em Mato Grosso do Sul.

Sobre os investimentos feitos pela Suzano nesta área, Eduardo Ferraz destacou que o ganho ambiental e a competitividade não têm preços., afirmando que faz parte das metas de longo prazo da companhia reduzir 70% o volume de resíduos sólidos destinados aos aterros, transformando-os em subprodutos até 2030. 

Na avaliação de Eduardo Ferraz, a melhor parte nisso tudo é que não há a menor possibilidade de risco ambiental. 

Além de serem devidamente testados e com todas as certificações necessárias, ou seja, sem apresentar risco algum ao meio ambiente, os insumos agrícolas produzidos na unidade de Três Lagoas contribuem para o meio ambiente, tanto na melhoria da condição dos solos agrícolas, quanto na redução do volume de resíduos destinados aos aterros. 

“Somos pioneiros em pesquisas e projetos voltados para a economia circular, visando reduzir o volume de resíduos enviados para aterros e transformando-os em outros subprodutos, gerando ganhos ambientais e nos tornando mais competitivos”, acrescentou Ferraz

 

 

 

 

 

Por Elias Luz





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