Time sul-mato-grossense, o Brutus vai a Bruges, no norte da Bélgica, representar o Brasil em evento internacional de culinária, também conhecido por ser a Copa do Mundo do Churrasco - DIVULGAÇÃO
De Mato Grosso do Sul para o mundo, com uma parada na cidade de Bruges, no norte da Bélgica. Esse será o caminho que dois sul-mato-grossenses vão percorrer a partir do fim deste mês.
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O empresário Fernando Jurado, presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACITL), e o gerente de banco Anderson Okahara são churrasqueiros que integram o time Brutus MS. Eles foram convocados para fazer parte da seleção brasileira de churrasco e vão disputar a Copa do Mundo nos dias 2, 3 e 4 de setembro.
A dupla embarca para a região belga dos Flandres dia 31. Conhecido em Mato Grosso do Sul, o time Brutus MS disputa torneios locais, regionais, nacionais e internacionais.
Imbatíveis em Três Lagoas e na região do Bolsão, o objetivo da equipe é ambicioso, mas com o chamado “pé no chão”.
Com um lado social, o time de churrasqueiros Brutus MS é conhecido por realizar eventos beneficentes em Três Lagoas e na região do Bolsão, como, por exemplo, o Festival da Carne, o Frango Solidário, a Hamburgada do Dia das Crianças, entre outros.
“É a maneira que nós encontramos – neste universo gastronômico – de contribuir para a diminuição das desigualdades sociais”, diz Fernando Jurado.
Eles buscam ser a melhor equipe de churrasco do Estado e do País, deixando em aberto a disputa com outros times de Mato Grosso do Sul, mas também de São Paulo, de Minas Gerais, de Mato Grosso, do Rio Grande do Sul e de toda a nação de churrasqueiros brasucas.
E os caras não estão para brincadeira. Em 2020, eles conquistaram o campeonato sul-americano de churrasco na cidade de La Serena, no Chile – um feito que os credenciou para a disputa da Copa do Mundo na Bélgica.
Capitaneada pelo mineiro Fábio Maiado, o brasileiro de melhor posição no ranking mundial do churrasco, a seleção que vai para a Europa inclui também um especialista em confeitaria e dois chefs de cozinha.
De acordo com Fernando Jurado, o time pode jogar com o mínimo de sete e o máximo de 10 participantes. “É necessário concluir seis atividades, que são chamadas de seis cortes. Isso inclui carne bovina, carne de aves, peixe e até uma deliciosa sobremesa. Não se trata de apenas pôr uma carne para assar”, explica.
Ao todo, 35 países vão disputar a Copa do Mundo do Churrasco, em Bruges, na Bélgica. O número de equipes na disputa será de 85, porque há países que levarão mais de um time. Na edição anterior, realizada na Irlanda, em 2019, a Alemanha sagrou-se campeã.
O funcionamento da Copa do Mundo do Churrasco tem uma dinâmica bem própria dentro do universo das competições gastronômicas. O evento é promovido pela World Barbecue Association (WBQA), que, em português, significa Associação Mundial dos Churrasqueiros.
A organização fornece todos os ingredientes para os seis pratos obrigatórios, a exemplo de peixe, frango, porco, carne bovina e frutas. Todas as equipes também recebem dos promotores uma foodbox com vários ingredientes para os acompanhamentos e para a apresentação dos pratos obrigatórios, totalizando três caixas de comida por time.
Um júri profissional específico escolherá os melhores dessa competição. Apenas juízes treinados pela WBQA podem participar do julgamento da competição.
Em cada categoria, serão necessárias tanto a construção quanto a ornamentação de três pratos. Cada equipe tem uma numeração, e os juízes provam tudo às cegas.
A seleção brasileira vai assar todas as carnes no chamado “fogo de chão”, ou seja, não vai utilizar as tradicionais churrasqueiras. “Respeitamos todos os churrasqueiros do mundo, mas vamos impor nosso jogo”, frisa Fernando Jurado.
Quem se sair melhor nas categorias peixe, frango, carne bovina, costela (boi e porco), carne de porco e sobremesa vence a disputa. Ao todo, 10 mil euros em prêmios estão em jogo.
