A Polícia Civil de Naviraí, 359 km de Campo Grande, ainda aguarda um laudo pericial para concluir o inquérito sobre o agente da PF (Polícia Federal) que atropelou três amigos, matou um e fugiu sem prestar socorro, no mês de março. A princípio o policial será indiciado por homicídio culposo, dupla lesão corporal e omissão de socorro.
O resultado do exame deve mudar o indiciamento de culpa para dolo, ou seja, de um simples acidente que resultou em morte para ação de querer provocar a morte. Segundo o delegado Eduardo Lucena, responsável pelas investigações, o resultado do laudo deve sair ainda nesta semana.
Estamos aguardando, mas chegando eu encerro o inquérito. Por enquanto, a investigação é tratada como homicídio culposo e dupla lesão corporal, mas se ficar comprovado o dolo, muda o indiciamento”, explica o delegado, que não revelou o tipo do exame.
A assessoria de imprensa da PF não divulgou o nome do agente, que é do Rio de Janeiro e estava no Estado para uma “missão”.
Durante as investigações, a PF disponibilizou o veículo para a Perícia da Polícia Civil e instaurou um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) para apurar a responsabilidade administrativa do policial. O agente conduzia uma viatura descaracterizada. O carro modelo Astra foi identificado por meio da carenagem, que ficou no local do atropelamento.
No dia do acidente, Everton da Silva Pessoa, de 17 anos, morreu no local, dois amigos que estavam com ele, de 17 e 18 anos, ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital do município.
Após o atropelar as vítimas, o condutor teria deixado a viatura no pátio da regional de Naviraí, trocado de carro e não comunicado o fato oficialmente.
Por Danielle Valentim