Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

DATA: 19/03/2021 | FONTE: Correio do Estado Para sair do colapso, prefeito antecipa feriados na Capital Próxima semana será toda de feriados e somente atividades essenciais poderão funcionar; comércio quer ajuda
DECISÃO. Prefeito da Capital, Marcos Trad, anunciou medida restritiva depois de reunião com empresários e autoridades - Álvaro Rezende/Correio do Estado

Campo Grande, pelo menos oficialmente, não terá lockdown, mas terá algo muito parecido a partir da próxima semana. É que o prefeito da cidade, Marcos Trad, após reunião com autoridades, médicos e empresários, decidiu antecipar cinco feriados, a partir de segunda-feira (22). 

O encontro foi realizado em virtude da classificação de Campo Grande em grau extremo de risco pelo Prosseguir e da situação de caos no hospital da cidade, que não possui mais leitos vagos.  

Período

De acordo com Trad, do dia 22 até o dia 26 de março serão antecipados os feriados dos dias 21 de abril, 3 de junho, 26 de agosto, 7 de setembro e 15 de novembro. Nestes dias, só poderão funcionar serviços essenciais durante 24 horas. Segundo o prefeito, o comércio que não se enquadra em serviço essencial não poderá abrir.

Na prática, a cidade ficaria com todas as atividades não essenciais fechadas durante a próxima semana, algo similar às medidas restritivas conhecidas como lockdown. 

Entretanto, o prefeito afirma que o lockdown não foi decretado na Capital porque a avaliação é que, com a diminuição do horário de circulação das pessoas na cidade em decorrência da antecipação dos feriados, haverá queda de contágio.

“Não há necessidade de lockdown, e sim de prazo para evitar o colapso. Acontece que muitas das pessoas que ocupam leitos de UTI não vêm com a Covid, a gente evitando a circulação de pessoas e diminuindo o horário, principalmente da noite, vai dar condições para que a gente cuide de todos que necessitam”, declara.

Comércio

Diante da nova medida adotada pela prefeitura, o secretário da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Roberto Oshiro, que também estava presente na reunião, afirmou ao Correio do Estado que a decisão não agradou o setor, mas, como o poder público decidiu que é a única forma de conter a doença, solicitou ações para que o empreendedor não seja impactado.  

O primeiro pedido foi a suspensão do ponto facultativo nos feriados que serão antecipados. Durante a reunião, o prefeito concordou com a solicitação e afirmou que a medida será adotada. 

“Se nós empreendedores não podemos trabalhar, não há justificativa de ponto facultativo em dias que nem sequer são feriados. Já teremos a suspensão dos feriados, então que se suspendam os pontos facultativos também”, disse Oshiro.  

A segunda solicitação foi para que haja um auxílio para o pequeno empreendedor, que necessita da venda para sobreviver. “Nós pedimos ao poder público que faça alguma ação para ajudar. Já temos empreendedores da nossa cidade passando necessidade, e isso não podemos tolerar”.

Oshiro também solicitou que os impostos deste mês com vencimento em abril sejam prorrogados, para aliviar as despesas da população e de todo o setor empresarial. O secretário também fez o pedido ao governo do Estado, para que sejam suspensos todos os impostos estaduais.

Proprietária de um estabelecimento comercial em Campo Grande, Graziele Soares Neves relatou ao Correio do Estado que sustenta sua família com o empreendimento e desde o início da pandemia enfrenta uma situação de dívidas constantes. 

“Estou vivendo uma catástrofe financeiramente, falida totalmente, não tem como sobreviver assim, tenho certeza de que muitos empresários estão no mesmo patamar que eu, devendo, sem poder pagar, porque não podemos trabalhar”.  

Ela afirma que se tivesse qualquer apoio do governo seria aceitável adotar medidas mais restritivas e assim empresários não seriam tão impactados com a paralisação dos serviços. 

 

“Teria um giro, de qualquer forma ia girar a economia, quando ela está girando, as pessoas estão vendendo e comprando. Mas como estamos agora, encurralados, sem direito de trabalhar e sem apoio nenhum do governo e da prefeitura, não tem como continuar”.





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