Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

DATA: 26/12/2020 | FONTE: campograndenews Aos 4 anos, Alice vai de avião até SP por transplante de rim que 'ganhou' no Natal Alice tem doença renal crônica e estava na fila de transplantes por um rim
Alice junto dos pais e os dois pilotos da missão. (Foto: Direto das Ruas)

A sexta-feira (25) de Natal não poderia ser mais surpreendente para a pequena Alice Rodrigues de Souza, de apenas 4 anos, que mora em Coxim, município que fica a 260 quilômetros de Campo Grande. Alice é portadora de doença renal crônica e estava na fila de transplantes de rim, até hoje, quando a sua família recebeu a confirmação de que há um doador compatível com ela em São Paulo. 

Depois de enfrentar uma viagem de carro de aproximadamente 3 horas do interior até Campo Grande, a pequena já está a caminho da Capital paulistana esta noite, em uma aeronave do Governo do Estado. Ao lado dela está, além da mãe, uma equipe de profissionais que garante que não há presente melhor de Natal do que poder ajudar a melhorar a qualidade de vida de uma criança. 

Alice é a segunda candidata para transplante que o piloto-coronel Adalberto Ortale transporta entre a véspera e esta sexta-feira de Natal. “Já não vejo mais só com um trabalho, mas sim uma oportunidade de servir a alguém, de fazer o bem para as pessoas e vê-las felizes”, disse o piloto à reportagem, cheio de orgulho. 

Alice e a mãe fazendo teste da covid-19. (Foto: Direto das Ruas) 

Alice e a mãe fazendo teste da covid-19. (Foto: Direto das Ruas) 

Ortale conta que apesar da correria, não há satisfação maior do que poder ajudar ao próximo em um momento tão decisivo. Ao lado do também piloto e agente de Policia Federal, Cassius Vinicius, o coronel realiza esse tipo de transporte em uma aeronave da Casa Militar do Governo de Mato Grosso do Sul. 

Como Alice veio do interior o processo desta noite, demorou um pouco mais, mas entre o momento em que os pilotos são acionados para fazerem o transporte até a hora de levantar voo, se passam em média apenas 40 minutos, conta o coronel.

“Somos notificados dos voos em cima da hora, até mesmo porque não há como prever quando e onde surgirá um doador. Quem precisa do transplante tem sempre um tempo curto para chegar até os hospitais então é um processo bem complexo, mas hoje ainda tive tempo de sobra para aproveitar o dia de Natal”, ele brinca.

“Meu Natal vai ficar ainda mais festivo agora”, completa o coronel, pouco antes de encontrar a família da menina no aeroporto da Capital. Sem esconder a felicidade de poder participar de mais uma missão o piloto confidencia que quando seus passageiros são crianças, em busca de um transplante, sua motivação é ainda maior. 

Elas muitas vezes não entendem o que está acontecendo, não sabem do quão grave é o problema que estão vivendo então é ainda mais gratificante para a gente”, conta. Ao ser questionado sobre qual a sensação de ter de sair de casa para cumprir o ofício em pleno Natal, o coronel dá um show de empatia. 

“Se eu estivesse passando por uma situação tão difícil quanto a dessas famílias eu gostaria que fizessem o mesmo por mim, então, eu sempre estou a disposição. Agora sim é que eu vou receber o meu verdadeiro presente de Natal”, conclui o coronel Adalberto Ortale.

Alice e a família chegaram por volta das 20h30 no hangar do Aeroporto Internacional de Campo Grande. Antes do embarque a pequena e a sua mãe passaram por teste da covid-19, seguindo os protocolos de prevenção à doença. O pai da pequena também veio junto, mas ficou na Capital.

O voo até o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, deve durar cerca de uma hora e de lá a família segue para o hospital onde serão realizados os exames, que irão atestar se a menina pode receber o órgão.

Transplantes – Quinta-feira(24), véspera de Natal, o Corpo de Bombeiros e os pilotos da Casa Militar, transportaram outros três pacientes em busca de transplantes de órgãos. Eram eles dois renais crônicos da Capital e uma moradora de Jardim que estava a espera da doação de um fígado que ambos foram convocados, após encontrarem um doador compatível.

Segundo a Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul, esse ano foram realizados 129 transplantes de órgãos, três de coração, 23 de rins e 103 de córneas. Também foram coletados 160 órgãos. Foram enviados para transplantes em pacientes de outros Estados 97 órgãos coletados em Mato Grosso do Sul, quatro corações, quinze córneas, 23 fígados, um pulmão e 54 rins. 

(Foto: Direto das Ruas)





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