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DATA: 13/08/2020 | FONTE: campograndenews Com músicos daqui, MS surge como pioneiro do sertanejo na Netflix Com músicos daqui, MS surge como pioneiro do sertanejo na Netflix
A dupla João Bosco (à direita) e Vinicíus foi a pioneira no sertanejo universitário revela o documentário. (Foto: Reprodução/Documentário)

O novo documentário da Netflix “Amor Sertanejo” mostra a evolução do estilo, desde a música caipira para a criação do sertanejo. Com vozes de Mato Grosso do Sul, a obra revela que Campo Grande é uma das capitais pioneiras do sertanejo universitário com a dupla João Bosco e Vinícius cantando para universitários nos corredores da faculdade, nos anos 2000. 

Foi a primeira dupla de universitários que estourou nas paradas com “Chora me liga”. Os dois são de Coxim e Naviraí, mas quando tinham em torno dos 16, 17 anos, vieram morar em Campo Grande para entrar na faculdade. Na época, João Bosco estudava Odontologia e Vinícius Fisioterapia.

“O primeiro público fiel de João Bosco e Vinícius antes de tocar em rádio, de trilhar um caminho para fora de MS, foi o universitário. Não tivemos empresários que investiram na gente e bancaram o projeto. Foi um CD de quando participamos do aniversário de dois amigos e não sabíamos que o cara do som estava gravando MD [Mini Disco], que era totalmente sem qualidade, mas caiu na graça da galera”, lembra João Bosco.

Logo o CD rendeu várias cópias e passou se alastrar entre as repúblicas universitárias e até alcançou outros estados do Brasil. A partir daí, surgiram outros nomes apostando no estilo e conquistando o espaço nas paradas de sucesso.

O documentário mostra que a música caipira surgiu com Cornélio Pires na década de 20, mas ganhou mais espaço nos anos 40 com Tonico e Tinoco. Nos anos 50, a mistura de rancheras mexicanas, guarânias paraguaias com a moda de viola fez nascer a música sertaneja.

Os nomes das duplas também eram inusitados, como Estudante e Escritor, Rodoviário e Patrulheiro, Horizonte e Horizontal, Faísca e Pega Fogo até chegar no nome de Milionário e José Rico, que foi uma avalanche na música. Depois veio a música sertaneja mais evoluída, com “Fio de Cabelo” de Chitãozinho e Xoxoró, em seguida Leandro e Leonardo, Bruno e Marrone, Zezé di Camargo e Luciano, etc. 

Luan Santana também aparece na obra e fala sobre os trabalhos com a música. (Foto: Reprodução/Documentário)

Luan Santana também aparece na obra e fala sobre os trabalhos com a música. (Foto: Reprodução/Documentário) 

Foram anos de história, passando por vários locais e conquistando cada vez mais jovens que desejavam fazer parte da música. Através da vontade, o estilo foi parar nos corredores das escolas e faculdades brasileiras. Desta forma também surgiu o Luan Santana, que apesar de se apresentar desde criança, ganhou destaque após viralizar um vídeo do cantor tocando violão e cantando dentro da sala de aula. 

Ficou conhecido como o gurizinho de Jaraguari, gravou CDs até que “estourou” nas paradas de sucesso com “Meteoro”. Desde então, foi hit atrás de hit como “Amar não é pecado”, “Tudo que você quiser”, “Vingança”, “Sinais”. “Hoje a música está na palma da sua mão. Você pode escolher a canção que quiser, no local e hora que quiser. É uma praticidade e gama de possibilidade e combinações que a música sertaneja entendeu rápido”, declara Luan.

Nesta semana, o cantor Luan até divulgou um vídeo no Instagram, mostrando um carro de som em frente à sua casa, comemorando seus 13 anos de carreira.

Michel Teló tocava no grupo sul-mato-grossense “Tradição”, porém depois resolveu lançar carreira solo e foi outra avalanche da música sertaneja universitária. O sucesso foi tanto que a música “Aí se eu te pego” rodou o mundo, passando pela França, Croácia, Espanha e ganhando versões em outras línguas.

Michel Teló comenta sobre a canção "Ai se eu te pego" que viralizou no mundo. (Foto: Reprodução/Documentário)

Michel Teló comenta sobre a canção "Ai se eu te pego" que viralizou no mundo. (Foto: Reprodução/Documentário) 

“É inexplicável o fato de ‘Ai se eu te pego’, foi uma das primeiras canções a chegar em vários países. Acho que se deve muito a simplicidade da canção, fácil de cantar o ritmo dançante”, diz Michel. 

O documentário tem pouco mais de uma hora de duração e também mostra outras vozes do sertanejo, como Fernando e Sorocaba, César Menotti e Fabiano, Naiara Azevedo e até as patroas Maiara e Maraisa.

A obra ainda revela que o sertanejo passou a ser uma máquina de fazer dinheiro e a necessidade de investimento para produção de um trabalho que nem sempre pode alcançar o resultado desejado. 





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