Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024

DATA: 28/03/2017 | FONTE: Correio do Estado Quadrilha liderada por 'mão de ferro' traficava cocaína de 'extrema' qualidade Gerson é envolvido com tráfico desde os anos 80 e até sequestrou Boeing
Gerson era o líder da quadrilha - Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado

O primeiro balanço da Operação All In, deflagrada hoje pela Polícia Federal, indica que cinco integrantes da quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas foram presos em Campo Grande. Um deles é Gerson Palermo, de 59 anos e com pelo menos 30 deles dedicado ao tráfico. Conforme a PF, a cocaína trazida da Bolívia para o Brasil era de “extrema qualidade”.

Também foram presos em Campo Grande Silvana Melo Sanches - esposa de Gerson -, Milton Motta Junior, Osvaldo Inácio Barbosa e Hugo Leandro Tognini. Gerson e a esposa foram detidos em casa, no Jardim Antártica.

Ao todo, 18 pessoas devem ser presas pelas equipes da PF que cumprem mandados em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Sete mandados de condução coercitiva foram expedidos pela Justiça e quatro deles foram cumpridos em Mato Grosso do Sul, três na Capital e um em Dourados.

Outro integrante da quadrilha é um dono de aeródromo localizado na zona rural de Corumbá. Policiais fizeram buscas no estabelecimento, que também é alvo de sequestro de bens, mas ainda não se sabe se o proprietário foi preso.

Quatro detentos de presídios de Santos (SP), Tremembé (SP) e São Paulo capital também integravam a quadrilha, e foram alvos de medidas judiciais hoje.

A QUADRILHA

Titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e responsável pela investigação, o delegado federal José Antonio Franco afirma que toda a quadrilha que atuava em vários estados era comandada de Campo Grande, através das ordens de Gerson. “Ele governava a quadrilha com mão de ferro”, disse o delegado que estima que 25 pessoas tinham envolvimento com o grupo criminoso.

Considerado perigoso desde os anos 80, o traficante já foi preso outras três vezes pela Polícia Federal, a última prisão ocorreu em 2000, logo depois dele e mais sete comparsas sequestrarem aeronave Boeing 737-200 da Vasp.

O avião saiu de Foz do Iguaçu (PR) e iria para São Luis (MA), mas no caminho teve rota alterada e pousou no interior do Paraná. Do compartimento de cargas da aeronave, o grupo levou R$ 5 milhões em malotes do Banco do Brasil.

QUALIDADE

Em relação aos trabalhos atuais da quadrilha, a investigação revelou que a droga era retirada da Bolívia por avião, e cruzava os céus de Mato Grosso do Sul, Paraná e Mato Grosso com destino ao sudeste do Brasil. A distribuição da droga para as cidades era feita por terra. Durante a operação de hoje, policiais apreenderam 30 veículos e quatro aeronaves da quadrilha, uma dela estava em Corumbá.

A qualidade da droga traficada era tamanha que agentes afirmam que na diluição da cocaína era possível triplicar o montante do entorpecente. A PF suspeita que a droga também fosse traficada para outros países.

Para legalizar o dinheiro do tráfico, a quadrilha usava o trabalho de advogados que atuavam em Goiás, e conseguiam comprar imóveis e outros bens por meio de laranjas. Hoje foram bloqueados R$ 7,5 milhões da quadrilha que estavam divididos em 68 contas.

Todos os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico - qualificado por ser internacional -, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e falsificação de documento trabalhista. 

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