Corumbá registrou mais uma morte em decorrência da dengue este ano. A professora Dúnia Safa, de 24 anos, estava internada na Santa Casa da cidade desde 13 janeiro e na madrugada desta quinta-feira (06), faleceu devido a complicações da doença, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. Agora, já são dois óbitos causados pela dengue no município em 2020.
O que chama a atenção também são os números de notificações da doença. Até agora já foram 1.449, 46 a mais do que todo o ano de 2019, quando foram registrados 1.403 casos.
Já o número de casos confirmados em laboratórios chega a 112, enquanto em 2019 foram 225. Até o momento 14.010 imóveis foram vistoriados pela equipe da Saúde, por meio de ações que integram o Plano Municipal de Contingência para prevenção e combate ao Aedes aegypti, transmissor da doença e ainda da zika vírus e febre chikungunya.
Primeiro caso
A primeira morte por dengue foi registrada no dia 09 de janeiro. Lucian Andrade, de 29 anos, teve dengue hemorrágica.
Os sintomas iniciais da dengue tipo grave são parecidos com os da dengue clássica, e após o terceiro ou quarto dia, surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. O quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória, levando o paciente à morte em pouco tempo.
Prevenção é única maneira de combate ao mosquito
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população tomar medidas que evitem a proliferação do mosquito transmissor.
A Secretaria de Saúde de Corumbá disponibiliza telefones para moradores também denunciarem locais, como terrenos baldios e imóveis abandonados, com possíveis foco. O anonimato é garantido. Os números são: 0800 647 2255 / 0800 647 2109 / 3233-2783.
As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:
Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água;
Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
Manter caixas d’agua bem fechadas;
Remover galhos e folhas de calhas;
Não deixar água acumulada sobre a laje;
Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;
Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
Acondicionar pneus em locais cobertos;
Fazer sempre manutenção de piscinas;
Tampar ralos;
Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
Catar sacos plásticos e lixo do quintal.
Dúnia Safa, de 24 anos Foto: Reprodução/ Facebook