A onça-pintada Mirada, sobrevivente dos incêndios no Pantanal em agosto, está de volta à natureza. Após mais de um mês de reabilitação e tratamento, o felino foi devolvido no mesmo lugar onde foi resgatado: dentro de uma manilha de concreto, na Fazenda Caiman. Após soltura, o animal, que agora está sendo monitorado através de um colar de GPS, permaneceu no local por aproximadamente quatro horas antes de seguir caminho rumo à mata.
(Foto: Onçafari)
O equipe da ONG (Organização não governamental) Onçafari, que faz o acompanhamento do felino, agradeceu aos envolvidos no resgate e cuidados da fêmea e explicou a importância de terem dado à Miranda um colar de rádio monitoramento”.
“É um equipamento eficaz para entendermos esse retorno à natureza. Com ele, teremos dados sobre a movimentação da Miranda e saberemos se ela tem conseguido caçar suas presas e desenvolver seus comportamentos naturais. A colaboração entre diferentes organizações leva a histórias como essa, com resultados positivos para a proteção da vida selvagem. Seguimos na torcida pelo sucesso e vida longa da Miranda”.
Colar para monitoramento da onça-pintada MIranda no Pantanal (Foto: Onçafari)
A onça-pintada resgatada da área queimada após o incêndio florestal no Pantanal recebeu o nome de Miranda por estar proximidade do município sul-mato-grossense, que fica a 208 km de Campo Grande.
A jovem onça foi encontrada se protegendo do fogo em uma manilha de concreto, usado normalmente para drenagem de água. Ela estava com queimaduras de 2º grau nas quatro patas. Miranda fez tratamento no Hospital Veterinário “Ayty”, que fica no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Ela também esteve sob os cuidados da equipe de veterinários, a onça-pintada “Antã”.
Onça Miranda com curativos nas patas durante tratamento no Cras (Foto: Saul Schramm)
Por Natália Olliver