Mato Grosso do Sul será contemplado com a construção de 37 novas UBS (Unidades Básicas de Saúde) em diversos municípios, fruto de um investimento de R$ 89,5 milhões do novo PAC Saúde (Programa de Aceleração do Crescimento). As novas unidades serão construídas com base em um novo projeto arquitetônico, que foi atualizado após 10 anos e divulgados nesta terça-feira (03.set).

Imagem aérea do projeto das UBSs (Imagem: Reprodução) 

As novas UBSs serão construídas em Água Clara; Amambai; Anastácio; Antônio João; Aparecida do Taboado; Bandeirantes; Bataguassu; Bela Vista; Bonito; Caarapó; Campo Grande; Cassilândia; Chapadão do Sul; Corumbá; Costa Rica; Coxim; Dourados; Eldorado; Figueirão; Iguatemi; Ivinhema; Jardim; Juti; Maracaju; Naviraí; Nova Alvorada do Sul; Nova Andradina; Paranhos; Ponta Porã; Porto Murtinho; Ribas do Rio Pardo; Rio Brilhante; São Gabriel do Oeste; Selvíria; Sidrolândia; Tacuru; Três Lagoas.

O valor destinado a cada unidade varia entre R$ 1,8 milhão e R$ 4,9 milhões, dependendo do tamanho e da região. A escolha dos municípios beneficiados seguiu critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, priorizando áreas com maior vulnerabilidade socioeconômica, vazios assistenciais na atenção primária, e menores índices de cobertura da estratégia de saúde da família.

Os novos projetos foram desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar do Governo Federal, composta por arquitetos, engenheiros e especialistas em saúde pública. Essas unidades serão equipadas com serviços assistenciais avançados e estruturas modernas, como salas de amamentação, espaços para práticas integrativas e comunitárias, e as chamadas Salas Lilás, destinadas ao atendimento de mulheres em situação de violência. Além disso, cada UBS contará com salas de medicação e consultórios acessíveis, amplas áreas de vacinação e ambientes adaptados às normas sanitárias mais recentes. (Veja abaixo o projeto) 

Uma das inovações destacadas no projeto é a integração de soluções de saúde digital, como a telessaúde, que permitirá uma melhor articulação entre a atenção primária e a atenção especializada. A conectividade visa melhorar a qualidade e o tempo de resposta dos atendimentos, proporcionando um cuidado mais integral e eficiente aos usuários.

As novas UBSs também atendem um compromisso com a sustentabilidade, em alinhamento com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 da ONU. Os projetos incluem estratégias para o uso racional de água e energia, com a instalação de sistemas de captação de energia solar por meio de placas fotovoltaicas. Todos os ambientes contarão com ventilação e iluminação naturais, exceto nas áreas restritas, contribuindo para a redução do consumo energético e o conforto térmico dos usuários. A construção será baseada no conceito de Lean Construction, que busca minimizar a emissão de carbono, alinhando aos esforços globais de combate às mudanças climáticas. 

Por Jhefferson Gamarra