Durante a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul entre os meses de abril e maio deste ano, o nível da água chegou perto dos 3 metros no bairro Cidade Verde, em Eldorado do Sul (RS), município localizado na região metropolitana de Porto Alegre.

Representações de Nossa senhora Aparecida e São Miguel Arcanjo intactos após enchente. - Crédito: Reprodução / Igreja São Miguel

É nesse bairro que fica a capela São Miguel. A igreja ficou bastante danificada por causa da inundação, mas um detalhe chamou a atenção: alguns objetos sagrados como uma cruz, castiçais e imagens de santos permaneceram intactos após a enchente. 

Mesmo com a água tendo chegado a 3 metros de altura, alguns dos itens sobre o altar foram encontrados em suas posições originais. Os objetos estavam marcados pela água, mas não foram deslocados. 

Uma cruz foi encontrada em sua posição original - Crédito: Reprodução / Igreja São Miguel

Além disso, uma caixa de Bíblias foi encontrada com os exemplares superiores secos, apesar de terem boiado durante a enchente. À CNN, o padre Fabiano Glaeser dos Santos, responsável pela capela, afirmou que interpreta o ocorrido como um “sinal de Deus”.

“É um sinal de que só a cruz e os objetos sagrados tenham ficado ‘intactos’. Sinal de que, em meio ao caos, a fé permanece”, disse.

O padre citou a perda de equipamentos como microfones, mesa e caixa de som, livros, documentos e materiais usados nas missas.

As fotos foram tiradas na segunda-feira passada (3), quando a equipe entrou na igreja pela primeira vez após a enchente - Crédito: Reprodução / Igreja São Miguel

“Quando entramos na igreja, encontramos os bancos todos revirados, pois boiaram na água”, disse o padre. “Mas sobre o altar estavam a cruz e os castiçais intactos, ou seja, como se não tivessem sido atingidos pela água.”

A água subiu aproximadamente três metros, revirando bancos e causando grandes danos dentro da igreja - Crédito: Reprodução / Igreja São Miguel

Itens sobre o altar foram encontrados em suas posições originais, marcados pela água, mas não deslocados - Crédito: Reprodução / Igreja São Miguel

Por Thomaz Coelhoda CNN*

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