Segunda-Feira, 16 de Setembro de 2024

DATA: 03/06/2024 | FONTE: campograndenews Rally da Safra aponta perdas de produtividade de 30% no milho em MS Segundo levantamento, grão deve render 68 sacas por hectare no Estado, que tem 969 mil hectares sob risco
Colheitadeira avança sobre campo cultivado com milho em MS no ciclo 2022-2023. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

Com 42% das lavouras de milho implantadas em janela de alto risco climático, o Mato Grosso do Sul, que recém iniciou a colheita do milho em algumas regiões, deve registrar uma produtividade 30,3% menor em relação ao ciclo 2022/2023 da segunda safra do grão. A previsão é da empresa Agroconsult, que promove o Rally da Safra em todas as regiões produtoras do País.

Segundo o levantamento, publicado na última semana de maio, o Mato Grosso do Sul deve ter uma redução de 97,5 sacas por hectare da safra 2022-2023 para 68 sacas/ha no atual ciclo. A produção sob risco no Estado deve afetar 5,9 milhões de toneladas do grão.

Segundo outra projeção, desta vez do Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), publicada no dia 28 de maio pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), a estimativa é que a safra de milho seja 5,82% menor em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 2,218 milhões de hectares. A produção é estimada em 11,485 milhões de toneladas, uma queda de 19,23%, e a produtividade é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%.

Em Mato Grosso do Sul, observou-se perdas significativas no potencial produtivo devido a estiagem. Essa situação adversa afetou uma área total de 508 mil hectares em várias regiões do Estado, incluindo o sul, sudoeste, centro, oeste, nordeste, norte, sul-fronteira e sudeste. Isso, se for considerado somente o que está sendo classificado como "ruim" devido às condições das lavouras.

Entretanto, segundo o próprio Siga-MS, o Estado tem outras 461 mil hectares de milho classificadas em condição "regular", o que somando lavouras "ruins" e "regulares", tem-se um total de 969 mil hectares de lavouras sob risco de perdas de produtividade, ou seja 43,7% da área total plantada, número bem próximo do projetado pela Agroconsult, em relação ao porcentual cultivado em janela de alto risco climático.

Os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e maio (10 a 45 dias sem chuva).

Segundo análise do assistente técnico da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Flávio Faedo Aguena, em nota divulgada para a imprensa pela entidade, “nesta safra teve milho que foi plantado em janeiro como também teve milho sendo plantado até o começo de maio. Durante esse tempo, também tivemos veranicos, algumas áreas ficaram 10 a 20 dias sem chuva, outras ficaram com mais de 30 dias sem chuvas", confirma.

O atraso no plantio da soja foi empurrando para a frente o calendário de semeadura do milho.

Segundo o boletim do Siga-MS, para uma lavoura ser classificada como "ruim", ela deve apresentar diversos critérios negativos, tais como alta infestação de pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas no estande de plantas, desfolhamento excessivo, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, entre outros defeitos que causem perdas significativas de produtividade.

Uma classificação "regular" é atribuída a lavouras que apresentam poucos problemas relacionados a pragas, estande de plantas razoável e pequeno amarelamento das plantas em desenvolvimento.

 

 

Por José Roberto dos Santos 





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