O assistente de encarregado de serviços gerais Tiago de Jesus, de 32 anos, matou a ex-namorada Ana Paula Marçal Paes, de 21 anos, com aproximadamente dez tiros de revólver calibre 38 na madrugada deste domingo(30), em Costa Rica, município distante cerca de 330 quilômetros de Campo Grande.

Conforme o site MS Todo Dia, Tiago chegou a recarregar a arma para continuar atirando. Depois de cometer o feminicídio, se matou com disparo no peito dentro do carro, na estrada que dá acesso ao aeroporto municipal. Uma testemunha disse que o homem não aceitava o fim do relacionamento.

Ana foi morta na casa onde morava. A polícia foi acionada e investigaram que a vítima havia sido atingida por dez disparos, sete deles no peito. Ela não resistiu e morreu.

A irmã relatou que estava no quarto de casa quando Tiago chegou em um Vectra prata, junto com um comparsa que dirigia o veículo. Ele parou na frente da residência e chamou por Ana Paula, na tentativa de reatar o namoro. Após uma breve conversa, a jovem não aceitou e voltou para o interior da residência. O assassino invadiu o local e foi na direção dela que estava no sofá da sala. Da porta de entrada, ele deu início aos disparos, mesmo diante dos pedidos desesperados feitos pela irmã de Ana Paula, para que ele parasse. Ele teria dado cinco tiros, recarregou e disparou outros cinco.

Antes de fugir com o amigo, Tiago ainda atirou no pneu de um veículo GM Cruze na garagem, para evitar que Ana fosse socorrida ou que tentassem persegui-lo. Na casa os policiais encontraram cinco cápsulas deflagradas, o que sustenta a hipótese de que Tiago recarregou a arma.

Os policiais realizaram buscas para encontrar o suspeito que foi localizado morto com tiro no peito, com o revólver ao lado, no banco do passageiro. Os indícios apontam que ele tirou a própria vida depois de matar Ana Paula. A Polícia Civil e a perícia técnica foram acionadas para fazer os levantamentos necessários.

Ainda de acordo com o site local, em 2009 Tiago matou um homem identificado como Gilmar José Bezerra, de 32 anos, na cidade de Coxim. Apesar do crime, foi solto e depois acumulou série de passagens pela polícia em Costa Rica, como receptação, lesão corporal, ameaça e, de acordo com a polícia, vinha sendo investigado por tráfico de drogas. O detalhe é que antes mesmo do homicídio ele já havia sido preso outras vezes, demonstrando sua periculosidade ao poder judiciário. Mesmo assim, estava em liberdade para continuar agindo.