Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

DATA: 29/08/2018 | FONTE: Agência Brasil Maggi diz que proibição do glifosato pode inviabilizar safra de soja e milho
O agrotóxico utilizado em diversas culturas agrícolas é polêmico por ser nocivo à saúde - Crédito: Divulgação

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse ontem(28) que, se a proibição do uso do glifosato for mantida, as safras de milho e soja podem ser inviabilizadas.

“Nós não temos um produto que substitua o glifosato nesta safra, neste período. Fica muito difícil levar adiante já que o Brasil planta 95% da sua área de soja e milho com plantio direto e o glifosato é a base desse processo. Não tê-lo significa não conseguir colher. Um prejuízo bastante grande”, disse após participar de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, fala sobre o projeto que flexibiliza uso de agrotóxicos no país. 

Segundo o ministro, os produtores não estão preparados para uma interdição ao herbicida.

“O glifosato é a base para a dessecação e o plantio direto. Nós não temos mais nas fazendas grades, arados, esses instrumentos mecânicos para preparar o solo. Tudo é na base química. Não usá-lo significa não ter a possibilidade de plantar”, acrescentou.

Possível cancerígeno

Conhecido comercialmente como Roundup, o glifosato é um herbicida usado contra ervas daninhas indesejadas em produções agrícolas. No último dia 7, a juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara da Justiça Federal em Brasília, determinou a suspensão de registro de todos os produtos que utilizam tiram, abamectina e glifosato.

Plantação de soja

Em liminar, a magistrada disse que as substâncias não devem ser usadas ou comercializadas até que se feita uma reavaliação toxicológica das substâncias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A juíza ressalta que o glifosato é apontado como possível cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Na última sexta-feira (24), a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com recurso contra a liminar que suspendeu o uso do glifosato. Maggi disse que espera uma decisão favorável ao recurso ainda hoje.

O ministro destacou ainda que o produto tem se mostrado confiável.

“Difícil aparecer um produto tão seguro quanto o glifosato. Ele é biodegradável, está há muitos anos no mercado. É bastante barato”, defendeu.

No entanto, Maggi disse que, caso seja provado que a substância traz riscos à saúde, os produtores precisarão se adaptar.

“Se houver uma comprovação de que ele efetivamente mal para a saúde, claro que nós não devemos usá-lo. Mas temos que ter um prazo para que a indústria química coloque algum produto para substituí-lo.”





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