O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou decreto de Situação de Emergência nesta terça-feira (29/5). A medida, conforme nota publicada pelo Estado, se deve pela manifestação dos caminhoneiros, que completa 9 dias hoje e tem resultado no desabastecimento de vários cidades sul-mato-grossenses.
Conforme publicação, o ‘movimento tem impedido a livre circulação de mercadorias” e prejudicado a vida da população.
De acordo com o governo, são 30 os municípios que não possuem combustíveis “e a tendência é de que o quadro de desabastecimento se estenda para as outras cidades”, informa o material do governo.
Em Dourados, por exemplo, populares ficaram dois dias sem gasolina e etanol. A situação começou a se estabilizar nessa terça-feira após a chegada de caminhões tanques que saíram de Campo Grande escoltados por forças de segurança.
Antes, no domingo e na segunda, apenas alguns estabelecimentos recebiam os produtos.
Apesar disso, os postos de combustíveis continuam com longas filas. O mesmo ocorre em relação ao gás de cozinha. Nos supermercados alguns produtos como leite já começam a faltar.
Hospitalar
Na mesma nota, o governo remete o fato das Santa Casas de Campo Grande e Corumbá suspenderem as cirurgias eletivas e lembra a possibilidade grande de desabastecimento de medicamentos e produtos hospitalares nos municípios.
Produtivo
Em relação ao setor produtivo, o Estado estima prejuízo de R$ 100 milhões ao dia na economia. A manifestação tem atrapalhado o setor industrial, responsável por empregar 120 mil pessoas, o equivalente a cidade de Três Lagoas, a terceira mais populosa do Mato Grosso do Sul.
Por fim, o governo afirma não discutir a legitimidade do movimento, porém, reitera estar tomando as medidas necessárias para proteger a população.
“Não é possível permitir que a redução dos estoques coloque em risco os direitos básicos da população e da vida das pessoas”, finaliza.