A Associação Comercial e Empresarial de Naviraí (Acen) está apoiando o movimento nacional dos caminhoneiros na luta pelo barateamento do preço do óleo diesel e da gasolina. Os comerciantes iram fazer uma concentração na praça Euclides Fabris, em Naviraí, às 7h30 da manhã e em seguida saem em carreata rumo ao ponto de protesto dos caminhoneiros em frente a usina Rio Amambai na BR 163.

A Associação Comercial enviou carta timbrada aos associados pedindo para que os empresários mantenham fechadas as portas de seus estabelecimentos comerciais (lojas, mercados e supermercados) até as 9h30.

O protesto dos caminhoneiros no município de Naviraí acontece na rodovia BR - 163, em frente a usina Rio Amambai, 500 metros ao norte da ponte que marca a divisa com o município de Itaquiraí. O presidente da Acen - Mário Nelvo disse que os comerciantes entendem que "a alta tributação do óleo diesel impacta diretamente os caminhonbeiros e acaba repercutindo no comércio, de um modo geral e, por tabela, atinge toda a população".

Desde segunda-feira (21), os caminhoneiros bloqueiam rodovias de Mato Grosso do Sul em protesto contra a alta dos combustíveis. Pelo Estado, nesta quarta-feira há 23 pontos de interrupção no tráfego. 

A paralisação ainda não tem previsão de encerramento, cabe a sociedade entender a necessidade de tal movimento, uma luta pela a redução do preço do combustível e demais taxas que vem sendo imposta a cada um dos brasileiro

Caminhões parados nas proximidades da usina Rio Amambai, na BR-163, em Naviraí Foto: Edilson Oliveira

O QUE QUEREM OS CAMINHONEIROS

Segundo o portal G1, os protestos começaram na noite de domingo a movimentação de protestos em diferentes rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul. Pneus foram queimados às margens das estradas na madrugada de segunda-feira.

A categoria quer a redução do valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. Nesta terça, o preço sobe 0,97% nas refinarias. Mas a Petrobras já anunciou que a partir de quarta-feira (23), o valor cairá 1,54%. A escalada dos preços aconteceu em meio à disparada dos valores internacionais do petróleo.

As revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O sindicato que representa os postos de combustíveis no Rio Grande do Sul, Sulpetro, por meio de nota, manifestou "descontentamento com a atual política de preços da Petrobras", com reajustes diários.

De acordo com o Sulpetro, as margens de lucro da gasolina para os segmentos de revenda e distribuição de combustíveis, além do frete, caíram de 17,8% para 14,8% - conforme dado de abril deste ano. "A sistemática adotada em julho de 2017 está penalizando nocivamente os empresários varejistas de combustíveis e, por consequência, o consumidor", diz o comunicado. Na visão do sindicato, "a uniformização das alíquotas de ICMS é uma das principais alternativas para reverter este quadro".

Por Edilson Oliveira