Homem ferido é resgatado após explosão de ambulância em Cabul, neste sábado (27) (Foto: Mohammad Ismail/ Reuters)
Uma explosão de uma "ambulância-bomba" na manhã deste sábado (27) deixou 95 mortos e 158 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde afegão. O Talibã reivindicou a autoria deste atentado, que já é considerado um dos mais violentos dos últimos anos na cidade.
"O último balanço que temos é de 63 mortos e 151 feridos. Pode aumentar porque alguns feridos hospitalizados estão em condição crítica", advertiu Baryalai Hilali, diretor de comunicação do governo.
O alvo exato dos terroristas ainda não está claro. Um edifício próximo ao hospital Jamuriat foi afetado e ameaçava desabar.
"O suicida usou uma ambulância para passar pelos postos de controle. No 1º controle disse que transportava um paciente para o hospital Jamuriat. No segundo posto de controle, foi identificado e detonou os explosivos", explicou à AFP Nasrat Rahimi, porta-voz do ministério do Interior.
No bairro onde ocorreu a explosão estão prédios governamentais (entre eles os escritórios do Ministério do Interior afegão), além de embaixadas estrangeiras e os da União Europeia.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/1/x/KvonMKSoaztTIBi5bqSQ/child.jpg)
Homem carrega criança atingida por explosão de ‘ambulância-bomba’ em Cabul, no Afeganistão, neste sábado (27) (Foto: Wakil Kohsar / AFP)
O Alto Conselho da Paz, responsável pelas negociações com os talibãs (atualmente bloqueadas), também fica na região. A área estava movimentada no momento do ataque, ocorrido por volta das 12h45 (horário local), já que sábado é um dia útil no país. Apenas o hospital da ONG italiana Emergengy contabilizou sete mortos e 70 feridos.
O atentado foi reivindicado pelo porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, no WhatsApp: "Um mártir explodiu seu carro-bomba perto do ministério do Interior, onde estavam muitas forças policiais", segundo a France Presse.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/m/E/emFUJYSBCnfGkS105sgg/feridoscabul.jpg)
Feridos recebem atendimento após ataque neste sábado (27) em Cabul, no Afeganistão (Foto: Rahmat Gul/ AP)
A explosão foi tão potente que abalou a capital afegã e deixou vários estabelecimentos com as janelas quebradas em bairros próximos. As janelas do escritório da AFP, que fica a quase 2 km, tremeram e os vidros da "Chicken Street", a rua dos antiquários, a centenas de metros do local do atentado, quebraram.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/s/o/Zm8Gi7RrmrvHvZBvS4fA/ambulancia.jpg "Ambulância-bomba explode em Cabul (Foto: Karina Almeida/G1)")
Ambulância-bomba explode em Cabul (Foto: Karina Almeida/G1)
No Twitter da ONG, o coordenador da Emergency, Dejan Panic, afirmou: "É um massacre".
O medo de um atentado executado com ambulância era real, segundo a France Presse. Uma correspondente da AFP que passou pela rua uma hora antes da explosão observou como todas as ambulâncias que seguiam para o hospital Jamuriat eram inspecionadas, com os motoristas do lado de fora do veículo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/H/b/PQuZ7dS1O3y60V1FcUsg/kabul2.jpg)
Ferido recebe ajuda após explosão de carro-bomba em Cabul, no Afeganistão, neste sábado (27) (Foto: Massoud Hossaini/ AP)
O nível de alerta é elevado em Cabul, principalmente no centro e no bairro das embaixadas e das instituições estrangeiras.
Esse ataque acontece uma semana após o cerco do grupo terrorista Talibã ao Hotel Intercontinental da capital afegã, que terminou com 25 mortos (13 estrangeiros), de acordo com a última estimativa divulgada pelo governo do Afeganistão. No cerco que durou mais de 12 horas, cinco terroristas morreram no confronto com as forças de segurança.
30/03/2024
MS registra 10 feminicídios e crime de ódio contra a mulher aumenta 66%
26/03/2024
Feminicídios aumentam 66,6% no primeiro trimestre do ano em Mato Grosso do Sul
26/07/2022
Mãe doa órgãos de filho, mas de corpo crivado de balas, só córnea será extraída
23/10/2021
No ano passado, 47 crianças e adolescentes morreram de forma violenta em MS
