Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

DATA: 19/01/2018 | FONTE: G1 Sérgio Cabral faz exames no IML em Curitiba e segue para presídio Cabral desembarcou na capital paranaense na noite de quinta-feira (18), depois de determinação da Justiça para transferência do Rio de Janeiro.
Decisões da Justiça Federal, no Paraná e no Rio de Janeiro, determinaram a transferência de Cabral para o CMP (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral passou por exames no Instituto Médico-Legal de Curitiba, na manhã desta sexta-feira (19). Após a avaliação, ele seguiu para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana.

O político chegou à penitenciária em que seguirá preso por volta das 11h15.

O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas e abriga vários presos da Operação Lava Jato como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-vice-presidente da Câmara, André Vargas, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Embora esta sexta-feira seja dia de visitas no CMP, Cabral ficará no setor de triagem e só poderá receber os próprios advogados.

Motivo da transferência

 

Cabral desembarcou na capital paranaense na noite de quinta-feira (18), depois de determinação da Justiça para transferência do Rio de Janeiro.

A transferência de Cabral foi pedida pelo Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), que levou em consideração uma investigação no âmbito da Operação Lava Jato, envolvendo o ex-governador, que corre na capital paranaense.

Na avaliação dos procuradores, pode haver necessidade de novos depoimentos de Cabral.

 

Além disso, a decisão do juiz Moro citou as investigações feitas pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, realiza exame corpo delito no IML em Curitiba (PR) nesta sexta-feira (19). Ele ficará preso no Complexo Medico Penal de Pinhais na região metropolitana de Curitiba (Foto: Rodolfo Buhrer/FotoArena/Estadão Conteúdo)

O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, realiza exame corpo delito no IML em Curitiba (PR) nesta sexta-feira (19). Ele ficará preso no Complexo Medico Penal de Pinhais na região metropolitana de Curitiba (Foto: Rodolfo Buhrer/FotoArena/Estadão Conteúdo)

Segundo os procuradores, o ex-governador estaria recebendo benefícios indevidos dentro da Cadeia Pública José Frederico Marques, no bairro de Benfica, na capital fluminense, onde estava detido até esta quinta.

A suspeita é de que a Cadeia Pública José Frederico Marques tem padrões diferentes de outros cárceres no Rio de Janeiro e tenha sido reformado, com benesses, para abrigar o ex-governador.

Entre as regalias que o ex-governador estaria recebendo, houve a instalação de uma academia e de uma videoteca e a entrada de visitas fora dos horários especificados.

Moro considerou ainda como justificativa para a determinação um dos mandados de prisão preventiva que mantêm o ex-governador na cadeia e que foi expedido por ele.

A determinação foi tomada em caráter cautelar e poderá ser revista, após a manifestação dos advogados do ex-governador.

Cabral já foi denunciado no Rio de Janeiro por condutas praticadas enquanto ele já estava detido.

“(...) Especificamente falsidades e coação no curso do processo envolvendo a instalação de uma sala de cinema supostamente em seu benefício no estabelecimento prisional em questão”, afirma o juiz em trecho da decisão.

 

Sérgio Moro considerou ainda na decisão que há riscos de que se continuar no Rio de Janeiro, Cabral poderá manter contato com antigos comparsas.

O G1 entrou em contato com a defesa de Cabral, que disse que vai se pronunciar quando tiver acesso aos autos.

 

Condenação em Curitiba

 

Em Curitiba, Sérgio Cabral foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão. De acordo com a sentença, ele cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A Justiça considerou que ele e mais dois assessores receberam vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.

 

Atualmente, esse processo está em grau de recurso, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.





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