Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

DATA: 04/12/2017 | FONTE: Correio do Estado Estado tem 35 mil pedidos de cirurgia encalhados em fila de espera do SUS Dados indicam 62% das solicitações pendentes são de pessoas da Capital
Foto: Reprodução / Ilustração gráfica Caribel News

A palavra paciente é, de fato, o adjetivo que melhor descreve milhares de pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para passar por uma cirurgia em Mato Grosso do Sul. Mais de 35 mil pedidos para realização de procedimentos cirúrgicos estão pendentes no Estado. E é preciso ter paciência, alguns esperam na fila por atendimento há cinco anos. Os números foram divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

O levantamento não considera o número de pacientes, mas de pedidos para procedimentos estabelecidos pela tabela SUS. Sendo assim, o mesmo paciente pode constar em mais de uma lista de procedimento ou localidade.

Pacientes em hospital da Capital - Foto: Valdenir Rezende/ Arquivo Correio do Estado

Conforme o que foi apurado com base na Lei de acesso a informação, a maioria dos pacientes no Estado espera por cirurgias do aparelho da visão (15. 105), digestivo (7.899), circulatório (6.038) e genituário (5.204). Cirurgias de catarata, hérnia, vesícula e varizes estão entre as mais demandadas pela população que depende da rede pública.

Mais da metade dos pedidos encalhados é de pessoas que vivem em Campo Grande - com 22, 7 mil solicitações pendentes na fila da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e 4.081 na lista da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau). Em seguida, vem os pacientes de Dourados - com 2,4 mil encalhadas e Três Lagoas - com 1, 3 mil, e São Gabriel do Oeste - com 510 pedidos pendentes.

As mulheres são maioria entre os que estão na fila, 21.165. Enquanto que o número de homens aguardando procedimentos é de 13.425. Outros 481 pacientes constam como não identificados.

QUESTÃO NACIONAL

Neste ano, a fila de espera para cirurgias eletivas chegou a aproximadamente 904 mil procedimentos no Brasil. Esse é o resultado da soma das informações repassadas por Secretarias de Saúde de 16 estados e 10 capitais, onde, respectivamente, constam pedidos de 801 mil e 103 mil procedimentos cirúrgicos. 

Os pedidos de informações sobre as filas foram apresentados em junho deste ano a todos os 26 estados e Distrito Federal, além das capitais, por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC) dos governos estaduais e municipais – caminho para que qualquer cidadão possa solicitar informações de caráter público via Lei de Acesso a Informações (Lei nº 12.527/2011).

Segundo as informações analisadas pelo CFM, quase metade de todos os procedimentos pendentes no País estão concentrados em apenas cinco tipos diferentes: catarata (113.185), correção de hérnia (95.752), retirada da vesícula (90.275), varizes (77.854) e de amígdalas ou adenoide (37.776).

Só no estado de Minas Gerais são mais de 31 mil tratamentos cirúrgicos de varizes. Já em São Paulo e Goiás, a maior demanda é por correções da opacidade do cristalino, mais conhecida como cirurgia de catarata. São cerca de 24 mil e 15 mil cirurgias pendentes, respectivamente.

"Pela primeira vez o Conselho Federal de Medicina se aproxima do tamanho real da fila por cirurgias no SUS. Ainda que parciais, os números impressionam, já que os estados que prestaram informações representam metade de todo o volume cirurgias efetivamente realizadas na rede pública em 2016", explica o presidente da autarquia, Carlos Vital. 

 

Segundo Vital, vários são os argumentos para tentar justificar o volume de pacientes à espera de uma cirurgia e todos eles têm a mesma origem: recursos finitos para administrar uma demanda que é infinita.





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