A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (29), uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável pela distribuição de drogas no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. São cumpridos sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul, na serra gaúcha, Ponta Porã, e em Assunção, no Paraguai.
Na região de fronteira, os mandados são quatro ordens de prisão e cinco de busca e apreensão. Boa parte ocorreu na Vila Áurea.
Conforme a PF, a organização comprava cocaína de um narcotraficante brasileiro Jarvis Pavão, que está preso no Paraguai. A droga entrava no Brasil por Ponta Porã, e depois era levada para ser comercializada na na serra gaúcha.
Ele cumpre pena no país vizinho desde 2009, mas também foi condenado no Brasil a 17 anos de prisão por tráfico de drogas. Ele é apontado pela Justiça do Brasil como representante, na fronteira, de uma quadrilha paulista que atua dentro e fora dos presídios.
De acordo com o portal G1, as investigações fora iniciadas em março, e apreenderam 4,6 toneladas de cocaína e maconha nas cidade de Veranópolis (RS), Maringá (PR) e Campo Grande. Foram apreendidos ainda dois caminhões e um veículo que eram usados para transportar as drogas, além de três prisões em flagrante.
Coroa
Na Operação Coroa, deflagrada nesta terça, são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão em Caxias do Sul. Em Ponta Porã são quatro ordens de prisão e cinco de buscas. É cumprida ainda uma ordem de prisão no Paraguai, conforme a PF.
A investigação apontou que a quadrilha movimentava uma grande quantidade de drogas, o que possibilitava uma vida de ostentação de um dos líderes do grupo. A Justiça determinou ainda o bloqueio das contas bancárias de seis dos investigados, além do sequestro de 13 veículos.
Ainda conforme a Polícia Federal, a operação visa diminuir a violência na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, onde facções disputam o controle pelo tráfico de drogas.
O nome da operação foi inspirado na admiração de um dos investigados por coroas, o que era expressado por meio de tatuagens e imagens.
Foto: Divulgação/PF