O pequeno Arthur, de nove meses, teve que passar por uma cirurgia para retirada das córneas após a descoberta de tumores na região. O procedimento, realizado no Hospital Regional de Campo Grande, foi seguido de muita tristeza e revolta dos pais e familiares da criança. O motivo? A suspeita de negligência médica.
A reclamação é que da mãe, que fazia todo o acompanhamento da criança com o pediatra da Unidade Básica de Saúde no bairro Cidade Morena e mesmo desconfiando que haveria algum problema, o profissional que atendia dizia que estava tudo normal.
“Ele não fixava o olhar e minha esposa sempre perguntava para o pediatra”, contou o pai, Henrique Herrera.
A mãe, Nathália Oliveira ficou desesperada com a notícia e reclamou do atendimento pediátrico. “Eu passava todo mês na consulta e já tinha falado que achava estranho o olhinho dele, mas ele não me encaminhou pro oftalmologista e ele mesmo fez o exame no olhinho e disse que estava tudo bem que tinha até um ano pra normalizar”, afirmou.
O tumor
“Mas nisso ele foi perdendo a visão, daí a gente levou ele no oftalmologista particular daí ali acho que o médico já sabia e passou a Ressonância Magnética pra confirmar”. Quando foi feito o exame na rede particular que a descobriram que o caso era mais grave.
“Com a ressonância foi constatado o tumor que já estava muito grande, se o pediatra que ele consulta desde quando nasceu tivesse prestado mais atenção no meu filho ele iria perceber que tinha algo diferente. Já teria me encaminhado para o oftalmologista”, desabafou revoltada.
Segundo Nathália, por serem pais de primeira viagem, eles acreditavam na palavra do médico. “Eu tinha pedido, eu questionava, mas ele disse que estava tudo bem com ele e como pais de primeira viagem acabamos acreditando nesse médico”.
Para o pai, a situação é revoltante devido aos avanços da medicina. “Com tanto avanço, ele olhando os olhinhos do meu filho com aquela luz, a gente acreditava nele. Não temos estudo, mas questionávamos o que estava acontecendo e agora mudou a vida de todos nós. Não sabemos como proceder”.
Agora, os pais necessitam de auxílio para que seja colocada uma prótese na criança. Além de orientação para adaptação a nova vida de Arthur.
Em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a informação foi de que o caso será apurado e a situação analisada após busca sobre o prontuário e conversa com o profissional.