Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

DATA: 09/06/2017 | FONTE: G1 'Forró Nú' em sítio preocupa associações de praia do Litoral Norte da Bahia egundo edição do evento deve acontecer no dia 17 de junho, em Massarandupió.
"Forró do Nu" acontece no dia 17 de junho, em sítio de Massarandupió (Foto: Divulgação)

O “Forró Nú no Espaço Liberdade” marcado para o dia 17 de junho, em um sítio localizado em Massarandupió, no município de Entre Rios, Litoral Norte baiano, tem levado polêmica entre associações de moradores e naturistas. Apesar de ocorrer em um local privado, as entidades estão preocupadas com a associação da festa à comunidade naturista, da praia das Dunas, única destinada oficialmente à prática de naturismo na Bahia.

O organizador da festa, Davi Andrade, diz que o forró tem regras compatíveis com o código de ética da Federação Brasileira de Naturismo. Sendo assim, é permitida a entrada de casais e é proibida a entrada de homens desacompanhados no evento. Também não é permitido fazer fotografias das pessoas no local e é vetada a prática de sexo. Menores de 18 anos também não entram, segundo a organização. Este ano acontece a segunda edição da festa junina.

A gestora da praia das Dunas, Associação Massarandupiana de Naturismo (Amanat), discorda da forma de divulgação do evento, alegando que a festa é divulgada como se fosse pública. “Os eventos que se realizam em ambientes fechados, isto é, murados ou sem visibilidade do exterior, nós respeitamos. O que nós discordamos e, nesse ponto, estamos em total sintonia com a esmagadora maioria das pessoas da comunidade de Massarandupió, é a forma como o evento privado denominado 'Forró Nú' de 2016 foi divulgado na imprensa e nas redes sociais, o mesmo estando a acontecer com divulgação do 'Forró Nú' de 2017, como se de um evento público se tratasse”, diz a associação, em nota.

A associação entrou com uma representação junto ao Ministério Público contra a realização do evento. Segundo o promotor Paulo Cesar Azevedo, a festa deve cumprir regras para que aconteça. "Sendo em ambiente privado, que não tenha visualização na parte externa e ainda que respeite as regras de poder de polícia em relação a eventos realizados no município, não tem problema", afirma.

O promotor diz que o local deve ser fechado para o público externo, porque a prática de naturismo deve ser limitada em locais abertos, como no caso da praia das Dunas, em que o naturismo é permitido por meio de decreto municipal. O promotor se reuniu com a procuradora do município, que deve fiscalizar o cumprimento das normas.

O procurador do município, Brígido Neto, informou que foram enviados fiscais nesta sexta-feira (9) para verificar se o local vai ser fechado para visualização externa. "Se tiver ok, deve permitir a realização do evento. A prefeitura também vai fiscalizar no dia que ocorrer o evento. O municipio deve oficiar o Conselho Tutelar para que evite entrada de menores. A Polícia Militar também deve colocar equipes nas proximidades", disse.

A Associação Massarandupiana de Naturismo afirma ainda que a reputação da comunidade e dos moradores é afetada negativamente com a festa. “A ponto de adultos e sobretudo crianças estarem sendo vítimas de bulling quando estão fora de Massarandupió”, defende o comunicado. A entidade entende ainda que o evento deveria ser feito de forma “discreta”, a fim de respeitar a comunidade local.

O realizador do evento, Davi Andrade, defende que a festa levou bons resultados para o setor hoteleiro da cidade no ano passado na primeira edição do evento, durante a baixa temporada. “No mês de junho, tivemos lotação nas pousadas, nas barracas de praia. Tentam fazer a qualquer custo fazer com que isto vire uma polêmica”, comenta. A festa ocorre em um sítio reservado, com piscina, onde um trio que toca forró anima o público. No ano passado, cerca de 40 pessoas participaram. A expectativa é de que, neste ano, o número seja cerca de duas vezes maior.

Além da associação responsável pela praia das Dunas, a Associação de Moradores e Amigos de Massarandupió (Amam) está preocupada com a forma de divulgação do evento. “As pessoas que veem o anuncio acham que é na comunidade, mas é em um local restrito. A população está sofrendo as consequências. Aqui não é todo mundo nu. No ‘espaço liberdade’ podem achar que pode fazer tudo”, sugere

Já o presidente da Associação Baiana de Naturismo (Abanat), Miguel Calmon Gama, diz que não é contrário ao evento, já que indica que não deverá desrespeitar o código de ética da Federação Brasileira de Naturismo. “[O evento]É uma promoção até para a vila e vai levar renda e trabalho”, conclui.






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