O primeiro dia da operação padrão dos auditores fiscais da Receita Federal em Mato Grosso do Sul teve adesão total dos servidores que atuam nas três alfândegas do Estado. Nesse tipo de manifestação, a fiscalização é mais detalhada, o que amplia o tempo de atendimento. 

Unidade alfandegária de Corumbá. (Foto: Silvio de Andrade/Arquivo/Subcom-MS) 

O representante sul-mato-grossense do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), Alexandre Novaes, avaliou que o impacto até o momento foi pequeno. “O comércio diminui com o recesso, temos parte do nosso pessoal em recesso. Então a tendência é de impactos maiores na semana que vem”, comentou.

A categoria protesta contra o corte de R$ 1,2 bilhão do orçamento da Receita Federal para 2022 e do não cumprimento de acordo pelo governo federal para pagamento de bônus de produtividade. O movimento não tem data para terminar.

Na semana passada, auditores fiscais que ocupavam funções de chefia nas unidades da Receita no Estado e em todo o país entregaram os cargos, incluindo os delegados e adjuntos das aduanas de Corumbá, Ponta Porã, Mundo Novo e Campo Grande.

Em nota, o Sindifisco Nacional aguarda uma posição do governo federal. “Foi solicitada audiência com o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), o único a estar essa semana em Brasília, mas até o momento não se obteve resposta concreta de que as lideranças sindicais serão recebidas. Enquanto não houver uma sinalização inequívoca por parte do governo de que a pauta da categoria será atendida, o movimento tende a recrudescer”.