A polícia descarta qualquer possibilidade de o assassinato de Wislher Freitas Tavares, 26, estar relacionado a questões políticas. Ele foi morto na noite de ontem (30) em Paranhos, a 469 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. Joel Ribeiro de Oliveira, 29, o “Déda”, foi o autor do crime.
Joel Ribeiro de Oliveira, o “Déda”, é procurado pela polícia na fronteira (Foto: Reprodução)
Wislher participava de comício no centro da cidade quando foi morto por Déda com cinco tiros de pistola 9 milímetros na frente de várias testemunhas.
O município está em campanha eleitoral para eleição de novo prefeito, marcada para domingo (3). Policiais da cidade afirmaram que briga por motivação política nem chegou a ser cogitada como possível causa do crime.
A principal suspeita dos investigadores é ligação com o comércio de drogas. Tanto autor quanto vítima seriam ligados ao narcotráfico e membros das duas famílias foram assassinados na cidade nos últimos anos, inclusive o pai do rapaz morto ontem. Também existe, ainda que remota, a possibilidade de o crime ter sido por causa de uma mulher.
Segundo o delegado Edgar Punsky, as testemunhas relataram que os dois participavam do comício do candidato do MDB Donizete Viaro quando começaram a discutir. Joel sacou a pistola e atirou seis vezes na direção de m Wislher. Cinco atingiram o alvo e o rapaz morreu na hora.
Depois de matar o desafeto, Joel de Oliveira foi visto fugindo em direção a Sete Quedas em uma picape Fiat Strada prata.
Policiais civis, militares e equipes do Bope e do DOF que estão na cidade para reforçar a segurança por causa da eleição extemporânea ajudam nas buscas, mas a suspeita é que Joel tenha se refugiado em território paraguaio.
Paranhos é separada apenas por uma rua da cidade paraguaia de Ypehú, no departamento de Canindeyú. As duas cidades são bases de importantes quadrilhas do narcotráfico.
(Foto: Ponta Porã News)