O rapaz que matou a ex-namorada a golpes de canivete, dia 22 de junho de 2019, em Costa Rica, a 327 km de Campo Grande, foi condenado a 12 anos de prisão, em regime fechado por homicídio qualificado pelo meio cruel e recurso que impediu a defesa da vítima. Ele está preso desde que cometeu o crime.
Na sentença, do último dia 6, o juiz Francisco Soliman, titular da 1ª Vara da comarca de Costa Rica, apontou que o réu agiu por ciúmes e que disse ter ' perdido a cabeça' no momento em que Kelly Cristina Rodrigues de Souza entrou na frente dele e o impediu de agredir o amigo que estava com ela.
“Esse aspecto indica que o crime foi cometido contra a vítima por razão da condição do sexo feminino, [...] A conduta do réu revela o sentimento de que a vítima era sua propriedade e, portanto, não poderia se relacionar com mais ninguém”, escreveu o juiz.
Na dosimetria da pena, o juiz citou o testemunho de uma amiga que presenciou o réu golpeando a vítima enquanto esta dizia que o amava. Para o magistrado, isso revela a frieza do rapaz. “Situação que exige valoração da culpabilidade enquanto circunstância judicial, ensejando maior censura penal à conduta criminosa”, concluiu o magistrado.
Conforme a acusação, Kelly e o rapaz tinham namorado por quatro anos. Durante este período, eles terminaram e voltaram várias vezes, porém, fazia um mês que não estavam mais juntos porque a jovem não queria reatar.
Na noite de 22 de junho, quando Kelly completava 20 anos, eles se encontraram em um evento da cidade onde a jovem havia ido com amigos e familiares. Ele estava proibido judicialmente de se aproximar dela, devido a denúncia de violência doméstica, mesmo assim a abordou e a matou com golpes de canivete.
Testemunhas contaram que Kelly gritava ao ex que o amava, mesmo assim ele continuou com os golpes. A jovem morreu no local.
O rapaz também foi condenado a um mês de detenção em regime fechado, por descumprimento de medidas protetivas de urgência, e a pagar R$ 16, 5 mil como reparação de danos morais a sucessores dela.