Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

DATA: 25/01/2021 | FONTE: G1 MS Urubu-rei é flagrado no 'topo' da cachoeira mais alta de Mato Grosso do Sul Flagrante foi feito na Cachoeira Boca da Onça, com 156 metros de altura, em Bodoquena. Local é conhecido pelos rios de águas cristalinas.
Urubu-rei é flagrado no topo da cachoeira mais alta de Mato Grosso do Sul. — Foto: Cristiano Godinho/Foto

Um Urubu-rei (Sarcoramphus papa) foi flagrado no topo da mais alta cachoeira de Mato Grosso do Sul. A imagem divulgada nas redes sociais neste domingo (24) é do fotógrafo Cristiano Godinho.

O flagrante feito na Cachoeira Boca da Onça, com 156 metros de altura, fica em Bodoquena, a 265 km de Campo Grande.

Godinho conta que um guia de turismo avistou a ave e o contactou por meio de um rádio. A ave estava bem no início da cachoeira. A posição do Urubu-rei não estava favorecendo para registrar boas imagens que foram feitas no final do ano passado.

Urubu rei foi flagrado no topo da cachoeira Boca da Onça, em Bodoquena (MS). — Foto: Cristiano Godinho/Foto

Urubu rei foi flagrado no topo da cachoeira Boca da Onça, em Bodoquena (MS). — Foto: Cristiano Godinho/Foto

"A ave estava no meio de dezenas de urubus de cabeça preta, um deles acabou se assustando e todos voaram, inclusive o Urubu-rei. Nessa hora eu achei que tinha perdido a oportunidade", explicou ao G1.

Ainda de acordo com Cristiano, ele ficou em uma passarela que atravessa o rio Boca da Onça que dá origem a cachoeira para ver a possibilidade de retorno da ave: "Eu fiquei um bom tempo ali parado. De repente voltaram dois urubus-rei, um ficou em um canto fora do alcance e outro parou a cerca de quatro metros de distância do local que eu estava", relembra.

 

O fotógrafo conta que fez mais de 200 fotos para ter a certeza que pelo menos uma ficaria boa e resultado final não só o surpreendeu, mas todos que viram as imagens ficaram impressionados com a beleza da ave.

Fotógrafo ficou impressionado com beleza de ave e comparou foto com um pintura. — Foto: Cristiano Godinho/Foto

Fotógrafo ficou impressionado com beleza de ave e comparou foto com um pintura. — Foto: Cristiano Godinho/Foto

"De tão próximo que fiquei, a foto parece uma pintura", explicou ao G1.

 

Godinho ainda ressalta que foi emocionante fazer o registro porque foi a primeira vez que o viu de perto: "Eu já cheguei vê-lo uma vez, mas ele estava muito alto e não dava para observar essa riqueza de detalhes. Por ser uma animal raro, eu tive sorte dele pousar perto de mim e aproveitei para fazer bastante fotos", finaliza.

 

A espécie

 

 

Na monarquia das aves brasileiras o urubu-rei (Sarcoramphus papa) carrega toda pompa e importância por ser o maior e mais colorido entre as cinco espécies de urubus que vivem no Brasil. Diferente dos “parentes” que apresentam plumagem totalmente preta, a ave desfila pelas florestas, bordas de mata, capoeira e savanas o corpo branco, com cauda e coberteiras pretas, pescoço alaranjado e íris branca.

Com até 81 centímetros de comprimento, possui asas com envergadura que chega a medir 1,8 metro. — Foto: Cristiano Godinho/Foto

Com até 81 centímetros de comprimento, possui asas com envergadura que chega a medir 1,8 metro. — Foto: Cristiano Godinho/Foto

Com até 81 centímetros de comprimento, possui asas com envergadura que chega a medir 1,8 metro. Para sustentar o porte, a espécie capricha na alimentação, baseada em carcaças de mamíferos como antas e capivaras, além grandes peixes, jacarés, serpentes e aves. “O título de rei é inspirado na ‘preferência’ que o urubu garante ao se alimentar das carcaças, já que o tamanho inibe a chegada de outras aves. Além do porte avantajado, ele é bem agressivo, inclusive com indivíduos da mesma espécie, então as aves não costumam disputar por comida com o urubu-rei”, explica o ornitólogo Willian Menq.

 

A preferência na refeição se dá também pelo bico mais forte do que o dos outros urubus, o que permite ser o único capaz de rasgar o couro de algumas presas.

Ameaças ao rei

 

 

A lista nacional de espécies ameaçadas de extinção não inclui o urubu-rei. No entanto, a ausência na listagem não é sinal de conservação. “Percebemos um declínio populacional grande em várias regiões do País, principalmente em estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a ave é considerada rara”, destaca Willian.

Para sustentar o porte, a espécie capricha na alimentação, baseada em carcaças de mamíferos como antas e capivaras, além de grandes peixes. — Foto: Cristiano Godinho/Foto

O especialista explica que hoje a principal ameaça à espécie é o desmatamento e a perda de habitat. “Onde não há floresta não há urubu-rei, por isso, a degradação de florestas impacta diretamente na conservação da espécie, principalmente na Mata Atlântica”, diz.






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