Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

DATA: 16/12/2020 | FONTE: campograndenews Servidor é condenado a 22 anos por tentativa de roubo a carro-forte Quadrilha tentou o assalto em rodovia de Amambai, comandada por líder de quadrilha da Bahia
Caixa forte foi encontrado abandonado e queimado (Foto/Arquivo)

O funcionário público Alcindo Oliveira Coinete, 40 anos, foi condenado a pena de 22 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por integrar quadrilha responsável por tentativa de roubo a caixa forte, em Amambai, em 2019.

Na decisão do juiz Thielly Dias de Alencar Pithan, da Vara Criminal de Amambai, também consta a perda do cargo público e o pagamento de R$ 37 mil em danos morais às três vítimas roubadas/sequestradas no caminho do bando, após roubo frustrado. 

Na acusação do MPMS (Ministério Público de MS), formulada em dezembro de 2019, consta que ele dava apoio logístico e material aos criminosos comandado por José Francisco Lumes, o “Zé da Lessa”, criador do grupo criminoso da Bahia, o BDM (Bonde do Maluco) e que arquitetou o roubo ao caixa forte. Zé da Lessa morreu no confronto com a polícia em Mato Grosso do Sul, após a tentativa frustrada.

A tentativa de assalto aconteceu no dia 2 de dezembro de 2019, data de aniversário do servidor. Por volta das 9h30, o bando comandado por Zé da Lessa interceptou o caixa-forte da empresa Brinks Segurança e Transportadora de Valores Ltda, na MS-156, zona rural de Amabai, a cerca de 20 quilômetros da cidade, no sentido de Caarapó. 

Perícia mostra marcas de tiros encontrados no caixa-forte (Foto/Reprodução)

Perícia mostra marcas de tiros encontrados no caixa-forte (Foto/Reprodução) 

Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a investigação policial comprovou a ligação de Alcindo Coinete com Zé da Lessa. 

Interceptações telefônicas e serviço de acompanhamento mostraram que os dois se conheciam e tratavam de negociação de armas e drogas. Como funcionário da prefeitura de Coronel Sapucaia, inscrito como motorista do transporte escolar e sem antecedentes, poderia agir sem levantar suspeitas.

Após a tentativa frustrada de assalto ao caixa-forte, o bando se refugiou em fazenda de propriedade do servidor, mas foi encontrado pela polícia e os quatro envolvidos foram mortos na troca de tiros, entre eles, Zé da Lessa. 

A defesa do servidor alegou inocência, pois, segundo a linha adotada, o MPMS não havia encontrado provas que comprovassem a ligação do servidor com o grupo criminoso. Também diz que as testemunhas não reconheceram o homem, nem sabiam dizer quantos haviam participado da ação.

Na decisão de 15 de dezembro, o juiz diz que a investigação comprova a existência de ligação com a organização criminosa. Em apuração da Polícia Civil da Bahia, que tentava rastrear Zé da Lessa em MS, consta que Alcindo foi identificado ao entrar chave de carro ao líder do BDM, em Coronel Sapucaia.

Na fazenda dele, também encontrado grande armamento (pistola .9mm; espingarda .12; rifle; arma calibre .556; fuzis; munições de calibre: .762; .556; 12; 9mm; 12mm).

“Como se vê, embora o réu negue veementemente qualquer aproximação com ‘Zé da Lessa’, alegando que era apenas o companheiro de sua empregada, as provas demonstram o contrário. Há notícias de seu envolvimento com o chefe do BDM desde o ano de 2016”.

Pela tentativa de roubo ao carro forte, pelo roubo consumado de veículo Citröen e caminhão, interceptados no caminho pelos criminosos na fuga, foram 22 anos e 8 meses de prisão, em regime inicial fechado. Alcindo Coinete está preso desde o dia 4 de dezembro de 2019. 

Zé da Lessa era um dos bandidos mais procurados da Bahia (Foto/Arquivo)

Zé da Lessa era um dos bandidos mais procurados da Bahia (Foto/Arquivo) 

A sentença é de 1ª instância e ainda cabe recurso.  A reportagem entrou em contato com advogado que consta como defensor de Alcindo, mas não conseguiu retorno.

O roubo - Quatro integrantes do grupo, em um Jeep Renegade interceptaram o carro-forte. Com fuzis, renderam os funcionários da empresa, os obrigaram a deitar no matagal, às margens da pista e ainda abordaram um caminhoneiro que passava pelo local. 

A ordem foi para o motorista fechar a pista e sair do caminhão. Em seguida tentaram explodir o carro-forte. Repetiram a ação duas vezes, ambas sem sucesso. O grupo então resolver ir embora, tentou usar o Jeep, mas uma falha mecânica impediu a fuga. O carro foi incendiado e o caminhoneiro sequestrado.

O homem foi forçado a dirigir para os bandidos e orientado a “fechar” o primeiro carro que encontrasse. O alvo foi um Citroën C4 branco, em que dois irmãos estavam. Os assaltantes deixaram o caminhão, roubaram o carro e seguiram a fuga sozinhos.

Na caça aos bandidos, a Polícia Civil identificou Zé da Lessa como integrante e líder do bando.

O grupo foi localizado na noite do dia seguinte em uma fazenda da área rural entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia. Pela manhã, com uma ordem judicial nas mãos, as equipes entraram na propriedade e foram recebidos a tiros pelos bandidos. Quatro deles morreram no confronto.

Um quinto envolvido conseguiu fugir, mas foi localizado horas depois em meio à mata da região. Mais uma vez, houve troca de tiros e o assaltante acabou ferido. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Com ele foram encontrados fuzis e uma metralhadora .50, que tem capacidade de perfurar carros-fortes e até aeronaves.

 Alcindo Oliveira Coinete foi o sexto integrante identificado. 





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