Três homens foram presos neste sábado (5) em operação da Polícia Nacional do Paraguai por suspeita de participação no ataque que deixou um policial morto e outro ferido na fronteira com Mato Grosso do Sul.
As prisões ocorreram no assentamento rural Tava Guarani, na divisa dos departamentos (equivalentes a estados) de San Pedro e Amambay, a 70 quilômetros do território sul-mato-grossense.
Durante as buscas simultâneas nos lotes, foram presos Epifanio Alvarez Cañete, 49, Mario Olmedo, 27, e Nelson Ariel Rojas Duarte, 25, todos de nacionalidade paraguaia.
Conforme o departamento de investigações da polícia paraguaia, Epifanio foi responsável em transportar o grupo que atacou a fazenda onde os dois policiais foram atingidos. Mario e Nelson estavam entre os atiradores. Os demais já estão identificados, segundo a polícia.
Todos foram levados para a sede da Polícia Nacional em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande. Os policiais paraguaios ainda não revelaram se o ataque teve a intenção de roubar gado, como foi informado no dia do crime.
Agentes do Grupo Especial de Operações da Polícia Nacional, Carlos Antonio Flores Melgarejo e Emilio Ramón Lugo Candia escoltavam, por ordem judicial, a proprietária da fazenda São Marcos II, localizada na Colônia Cruce Panadero, nos limites entre Karapaí e Capitán Bado. Carlos morreu no local e Emilio ficou ferido.
A propriedade pertence à viúva do pecuarista brasileiro Aguinaldo Correa Lesme, executado em julho de 2019 aos 48 anos, em Capitán Bado. Após a morte, a viúva passou a receber ameaças e a Justiça do Paraguai determinou que a Polícia Nacional garantisse a segurança dela.
Epifanio Alvarez Cañete, um dos presos por morte de policial (Foto: Direto das Ruas)