As queimadas continuam castigando o município de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense. Após os focos de incêndio aumentarem 674% no período entre março e abril e os brigadistas receberem o apoio de aeronaves de Mato Grosso e do Distrito Federal no combate às chamas, o trabalho continua nesta sexta-feira (24).
De acordo com o presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, que auxilia no combate às queimadas na região, nesta sexta deve ser eliminado um dos três pontos de incêndio. "Os focos próximos da Baía do Castelo estão perto de serem extintos, o que é bom. Porém, nos outros dois pontos, os focos continuam se alastrando, muito em função dos ventos e da falta de chuvas", explica.
Focos de incêndio combatidos no Pantanal sul-mato-grossense — Foto: IHP/Divulgação
Rabelo conta que 12 brigadistas, além de 20 bombeiros, estão no combate diário ao fogo. A atual preocupação do presidente do IHP é com a seca diferente que enfrenta a região. "Estamos num grande ciclo seco, porque há 20, 30 anos, teria caído água nessa região e o fogo não iria se alastrar. Isso é preocupante e requer um esforço ainda maior de quem quer a conservação do Pantanal e dos que aqui vivem também", afirma.
Nesta semana, uma imagem chamou a atenção dos brigadistas do IHP. Um jacaré, animal símbolo do Pantanal, foi encontrado queimado em meio a um foco combatido pelos profissionais. Rabelo, porém, não sabe afirmar se a morte do animal foi causada pelo fogo. As atenções nos próximos dias devem se voltar para combater os dois pontos restantes de incêndios, com a ajuda de aeronaves, para auxiliar nos lugares mais críticos de aproximação humana.
Ainda não há estimativa da área atingida pelo fogo e nem previsão para o fim do combate às queimadas.
Foco de queimada no Pantanal sul-mato-grossense — Foto: IHP/Divulgação
Jacaré encontrado morto em área queimada de Corumbá (MS) — Foto: IHP/Divulgação