Sábado, 20 de Abril de 2024

DATA: 20/03/2017 | FONTE: revistagloborural.globo.com/ Temer anuncia força-tarefa para fiscalizar frigoríficos envolvidos em denúncias Presidente Michel Temer disse que o ministério da agricultura irá divulgar amanhã nomes de empresas, lotes e destinos de exportação
Ministro da Agricultura, Blairo Maggi e o presidente, Michel Temer, anunciam medidas emergênciais (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciaram na tarde deste domingo (19/3), em Brasília (DF),  medidas emergenciais que serão tomadas a partir de amanhã para esclarecer as denúncias apontadas pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (17/3).

Temer disse que haverá uma força-tarefa (com 30 funcionários a mais) para fiscalizar com mais rigor os 21 frigoríficos envolvidos na operação e que, amanhã, o ministério da agricultura divulgará uma lista detalhada com nome das empresas, SIF (que é o código de inspeção federal) números de lotes de carnes apreendidos e para onde estes produtos teriam sido enviados e quais são os produtos.

“A partir de amanhã, o ministério da agricultura passará a investigar fortemente estas 21 empresas envolvidas”, disse o presidente. “Criamos um grupo especial que irá fazer este trabalho para esclarecermos o mais rápido possível estes fatos e o Mapa disponibilizará a lista completa dos envolvidos, com nome de empresas, produtos que possam estar adulterados, destinos”, garantiu.

Temer disse que, das 21 empresas envolvidas, já se sabe que seis teriam exportado produtos nos últimos 60 dias. “O que precisa ficar claro é que a ação da Polícia Federal não diz respeito a questões sanitárias e sim, a conduta de pessoas que atuavam no Ministério da Agricultura”, disse. “Não há risco para o consumidor, o sistema de inspeção sanitária do Brasil é exemplar”.

O ministro Blairo Maggi disse também que havia pelo menos dois anos que estas empresas vinham sendo investigadas pela Polícia Federal. “Eu perguntei para ele [Leandro Daiello, Superintendente da Polícia Federal] porque o ministério não foi informado de que estava havendo uma investigação desse porte e ele me disse que era porque a investigação era sobre pessoas que atuavam na pasta e não poderia correr o risco de informações vazarem”, contou.

Cabeça de porco Blairo Maggi reforçou que a partir de amanhã, o Mapa vai atuar juntamente com a Polícia Federal, para agilizar essa investigação, pois tem muitas informações ou falta delas que podem prejudicar o processo, como dúvidas técnicas sobre o uso de produtos permitidos ou não pelo ministério, lotes que já haviam sido liberados ou que ainda estão aguardando liberação, etc.

O ministro diz que durante a divulgação da operação, aconteceram muitas interpretações erradas, como o  uso de substâncias como o ácido ascórbico, que é a vitaminaC, apontado como tendo sido usadopara realçar a cor de carnes estragadas (o correto seria ácido sórbico)e carnes de cabeça de porco na confecção de linguiças e embutidos. “São produtos comumente usados no processamento de carnes, de produtos embutidos, estão e sempre estiveram no regulamento”, disse Blairo. “Não existe nenhum laudo dizendo que estes produtos apreendidos estavam estragados ou contaminados ou que estas substâncias são cancerígenas”.

Sobre o uso de papelão, o ministro reforçou que áudios que continham citações sobre o uso do produto em carnes foram interpretados de forma totalmente errada. “É uma idiotice, uma insanidade...estavam claramente falando de embalagens, mas a coisa tomou uma proporção gigante nas redes sociais. Essas narrativas levaram à fantasias generalizadas”. Ele ainda ressaltou que as empresas investem milhões para habilitar suas vendas para o mercado externo e que fazer isso seria "uma loucura".

Comércio exterior - Após a reunião com os ministros, o presidente Michel Temer se reuniu com embaixadores de alguns países da União Europeia, Estados Unidos e China. Segundo Maggi, foram estes países que já pediram, oficialmente, um posicionamento do governo em relação a Operação Carne Fraca.”Nós vamos ser o mais transparentes possíveis para esclarecer isso e evitar um prejuízo ainda maior”.

Depois do encontro, o grupo foi jantar em uma churrascaria da capital federal.

 

Segundo o ministro, o governo decidiu não interditar todas as 21 empresas envolvidas no escândalo (das 21 empresas citadas, apenas 3 tiveram suas atividades suspensas e 1 foi fechada - BRF - por decisão própria) porque isso prejudicaria toda a cadeia produtiva da carne. “É um sistema que envolve produtores de grãos, de proteína, trabalhadores e consumidores”, afirmou. “Não podemos prejudicar a cadeia toda porque alguns estão tendo uma conduta errada. 99% dos produtores de alimentos no Brasil fazem a coisa da maneira certa”.





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