Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

DATA: 08/06/2019 | FONTE: campograndenews Justiça condena índios por morte de policiais e penas chegam a 80 anos de prisão Após quatro dias de julgamento, quatro réus foram condenados e um absolvido
Cacique Carlito de Oliveira é liderança indígena em MS e foi absolvido das acusações (Foto: Ruy Sposati/Cimi) / Ilustração gráfica Caribel News

Após quatro dias de julgamento, a Justiça condenou os índios guarani-kaiowás, Ezequiel Valensuela, Jair Aquino Fernandes, Lindomar Brites de Oliveira e Paulino Lopes pela morte de dois policiais civis e tentativa de homicídio de um terceiro, em 1º de abril de 2006. Somadas, a pena dos três ultrapassa 80 anos de prisão. Já Carlito de Oliveira foi absolvidos das acusações.

De acordo com a sentença, Ezequiel, que teve a maior pena, foi condenado a 34 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de duplo homicídio e tentativa de homicídio. Jair teve pena fixada em 26 anos e 8 meses pelos mesmos crimes. 

Lindomar foi condenado a 19 anos e 2 meses e Paulino a 20 anos e 3 meses pelo crime de duplo homicídio e ambos foram absolvidos da acusação de tentativa de homicídio. No julgamento, ficou decidido que os acusados poderão recorrer da decisão em liberdade.

O resultado foi comemorado pelo advogado Maurício Rasslan, que atuou na acusação dos índios.“Depois de 13 anos foi feita a Justiça. Espero que a pena imposta e a forma de cumprimento cumpra realmente sua função social que é melhorar o ser humano”, comentou.

A defesa dos índios é feita por advogados da Funai e do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

O júri, que durou quatro dias, aconteceu após uma década de batalha judicial entre a defesa e a assistência da acusação sobre o local do júri. Maurício Rasslan defendia que o julgamento ocorresse em Dourados, mas em 2016, a pedido do próprio MPF (Ministério Público Federal), a 11ª Turma do TRF determinou a transferência do júri para São Paulo.

A chacina – O crime ficou conhecido como“Chacina de Porto Cambira”, e aconteceu em Dourados, a 233 km de Campo Grande, no entanto, o júri foi realizado na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo.

Os três policiais foram mortos pelos índios do acampamento Passo Pirajú, perto do Porto Cambira, região sul do município de Dourados. A Polícia Civil alegou na época que os agentes estavam à procura de um homem acusado de matar um pastor evangélico dias antes na cidade e que teria se escondido no acampamento indígena.

Já os índios afirmaram que os policiais foram ao local para ameaçá-los, já que estavam em uma área invadida, e alegam terem agido em legítima defesa.





17/04/2024 Chinesa GWM obtém vitória contra VW, abrindo caminho para o "Fusca elétrico" no Brasil
16/04/2024 Justiça mantém presos enteados que mataram idoso a cadeiradas
12/04/2024 Juiz manda internar rapaz que matou colega de cela asfixiado
12/04/2024 Acusado de matar grávida com série de agressões em MS ganha liberdade
Untitled Document

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player