Em depoimento, Bruno da Rocha, de 31 anos, afirmou ter assassinado Paulo Settervall, de 57 anos, após o major da reserva do Exército negar um cigarro a ele. A versão do suspeito foi narrada pelo delegado Gustavo Henriques Barros, titular da delegacia de Bonito na tarde desta terça-feira(16), durante coletiva de imprensa.
Paulo Settervall com jaleco que usava em sala de aula
(Foto: Divulgação/Bionatus)
Conforme o delegado, após a prisão, Bruno confessou o crime e detalhou que na noite de domingo(14), discutiu com a namorada, com quem tem dois filhos, e saiu de bicicleta pelas ruas de Bonito armado com uma faca atrás dela e do cunhado. No caminho, no entanto, encontrou o major fumando em frente ao hotel CLH Suítes.
Ele parou e pediu um cigarro a Settervall, que negou e ainda, na versão do suspeito, o chamou de “trombadinha”. Bruno andou mais alguns metros, deixou a bicicleta em um ponto e voltou a pé até onde Paulo estava. Aproveitando que o major estava de costa, o esfaqueou. “Ele afirmou que quando fez isso ainda disse: aqui está o trombadinha”, lembrou o delegado.
O golpe único matou Paulo na hora. Depois do crime, Bruno ateou fogo nas roupas que usava e começou a fugir da polícia.
Com informações de testemunhas e imagens de câmeras de segurança de um comércio em frente ao hotel, a polícia saiu do local já com o nome do suspeito. Buscas em vários pontos de Bonito foram feitas, até que por volta das 3 horas desta terça-feira (16) Bruno foi encontrado em uma casa abandonada.
Ainda segundo o delegado, no momento da prisão e também do exame de corpo de delito, não foi constatado qualquer indício de embriaguez ou uso de drogas por parte do assassino confesso. A polícia também não confirmou a versão de que o major chamou Bruno de “trombadinha” antes do assassinato.
“As imagens indicam que não houve tempo para uma briga entre os dois”, detalhou o Gustavo. Bruno trabalhava como pintor e agora responde por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Preso em flagrante, deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira e se a preventiva for convertida, pode ser transferido para Campo Grande.
Delegado Gustavo Henriques Barros, responsável pela investigação do caso
(Foto: Paulo Francis)
Bruno da Rocha (Reprodução Facebook)