Na tarde desta segunda-feira (18), o delegado de polícia, Luiz Quirino Antunes Gago, revelou ao Nova News detalhes sobre o andamento do caso envolvendo a morte de uma bebê de apenas 28 dias que teria sido sufocada pela mãe, uma adolescente de 16 anos. O fato ocorreu na Vila Operária, em Nova Andradina.

Segundo Quirino, as primeiras informações divulgadas pelo site foram confirmadas. A Polícia Militar recebeu uma solicitação de uma pessoa residente na Rua Élzio Gonçalves Dias, sendo que, a autora da ligação disse ter ouvido alguém pedindo socorro.

A equipe de Rádio Patrulha foi até o endereço e encontrou familiares da adolescente em frente à residência. Eles relataram aos policiais que a menor estava trancada dentro do quarto com sua filha de 28 dias e que ela estaria sufocando a criança.

Os policiais entraram no imóvel e encontraram a acusada em cima da bebê, dizendo que nada mais poderia ser feito, uma vez que a filha já estava morta. A polícia conteve a adolescente, sendo que, de forma simultânea, outro militar foi verificar os sinais vitais da criança, constatando sua morte. Na sequência, o Corpo de Bombeiros foi acionado e também verificou que a criança já estava sem vida.

Equipes da Polícia Civil e do Núcleo de Perícias estiveram no endereço e iniciaram os trabalhos de apuração. A adolescente, que estava com seu estado mental alterado, foi levada para o Hospital Regional (HR), onde recebeu medicamentos, sendo conduzida, em seguida, para a Delegacia de Polícia. O corpo da bebê foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).

O delegado revelou que realizou oitivas com testemunhas e familiares, sendo apurado que, até a última semana, a adolescente estaria com comportamento considerado normal, sendo que, há dois dias, ela teria apresentado alteração em seu estado psicológico, dizendo estar sendo perseguida ou atormentada por algo.

Quirino afirmou ter apurado que estavam na casa no momento do fato a adolescente, a bebê, o pai da bebê e os pais da adolescente.

“Com exceção da mãe da criança, todos foram ouvidos pela Polícia Civil. Eles disseram que, temendo que algo ocorresse, tentaram tirar a bebê das mãos da adolescente, mas não conseguiram, dizendo que a acusada estava com uma força qualificada por eles como fora do comum”, disse o delegado.

Após terem, sem sucesso, tentado tirar a criança das mãos da adolescente, os familiares gritaram por socorro, momento em que testemunhas acionaram a polícia, porém, quando a equipe chegou ao local, a criança já estava morta. O delegado disse que a adolescente, seu companheiro e a bebê estavam morando com os pais dela momentaneamente até que ela se recuperasse do parto, que teria sido um procedimento complicado.

Quirino explicou que a mãe da recém-nascida está apreendida em flagrante, à disposição da Justiça - Imagem: Arquivo / Nova News

Questionado pelo site sobre o motivo de a adolescente ainda não ter sido ouvida, o delegado disse que ela não estava em condições de falar.

“Logo após o fato, por estar bastante alterada, ela foi levada pelo Corpo de Bombeiros até o HR, onde tomou medicamentos fortes. Neste momento ela não é capaz de nos passar informações”, disse Quirino.

Apesar de não ter sido ouvida ainda, a autoridade policial disse que a mãe da recém-nascida está apreendida em flagrante, à disposição do Poder Judiciário.

O delegado revelou que o corpo da criança foi submetido a exame necroscópico e, em seguida liberado para velório e sepultamento. Quirino disse que embora o laudo seja emitido apenas dentro de alguns dias, os levantamentos apontam que a criança pode mesmo ter morrido em decorrência de asfixia.