Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

DATA: 16/02/2019 | FONTE: Correio do Estado Contra cota zero, bloqueio em hidrovia no rio Paraguai permanece
Manifestação começou dia 11 de fevereiro e segue por tempo indeterminado - Foto: Toninho Ruiz / Porto Murtinho

O bloqueio organizado por pescadores, isqueiros, piloteiros e empresários de turismo, na hidrovia de Porto Murtinho, no rio Paraguai, completa sexta-feira(15), seis dias. Os manifestantes são contra o decreto estipulado pelo governo no Cota Zero, que limitará a quantidade de pescado para amadores. 

A classe reivindica que seja mantida a quantidade de pescado permitida que atualmente é de 10 kg de peixe, mais um exemplar e cinco piranhas. Porém a expectativa é que esse número seja reduzido pela metade, limitado a 5 kg. 

Segundo a pescadora profissional, Elisangela Corrêa Oliveira, o grupo está indignado com a situação, porque sairá prejudicado em relação aos outros trabalhadores que pescam do lado paraguaio.

"Eles falaram que enquanto diminuiram a cota do pescador amador de Porto Murtinho, os paraguaios poderão atuar livremente. Se a justificativa é preservar os peixes do rio, parece que não resolverá muito", relata.

Elisangela não enfrenta a situação dos manifestantes, pois, é regularizada como pescadora profissional, no entanto, acompanha a situação e acrescenta que é preciso uma atitude rápida, porque muitos caminhões podem perder as cargas de soja e outros produtos, além dos animais (bois) que estão fechados no caminhão sem comida e água suficiente. 

"É uma tristeza ver os animais sofrendo e a turma da manifestação já me disse que o bloqueio só acaba quando o governador Reinaldo Azambuja vir pessoalmente conversar. Eles querem um acordo para não sairem prejudicados. Até a Marinha já veio conversar, mas, o grupo está irredutível", conclui.

PESCADORES PROFISSIONAIS

O advogado da Confederação Nacional da Pesca e Aquicultura (CNPA), Leonardo Figueiró, explicou que desconhecia a manifestação, visto que foi realizada sem conhecimento dos representantes oficiais. 

"Este movimento é formado por pescadores amadores que serão impactados diretamente com o decreto regional e foi realizado sem anuência ou participação  da confederação. Contudo, é preciso esclarecer que este grupo representa cinco vezes mais, o número total de profissionais no Estado. Por isso, a diminuição na quantidade de pescado será fundamental para preservação dos estoques pesqueiros", argumenta. 

Conforme divulgado na edição de 14 de fevereiro do Jornal Correio do Estado, a navegação de embarcações com grãos e minérios estão proibidos e continuam atracados acima do bloqueio aguardando a liberação do rio, já os barcos menores que fazem a travessia de pessoas seguem normalmente. 

COTA ZERO

O projeto que deve instituir a cota zero para pesca amadora em Mato Grosso do Sul entrará em vigor a partir de 2020, conforme informado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) , ao final de uma reunião realizada no último dia 6 de fevereiro. 

No entanto, o decreto que instituirá a medida deve ser publicado ainda este mês, antes do fim do período de defeso - que termina em 28 de fevereiro. Apesar do recuo quanto a cota zero a partir de 2019, ainda não há definição de como será a liberação da pesca este ano. 

Isso porque a proposta do governo era de permitir apenas 5 kg de pescado mais um exemplar, menos do que é atualmente, de 10 kg e mais um exemplar. A assessoria de imprensa da Semagro informou que o pedido dos empresários para que o sistema atual seja mantido durante todo o ano ainda será levado para aprovação do governador Reinaldo Azambuja.


*Colaborou Natalia Yahn





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