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DATA: 08/02/2019 | FONTE: TOP MÍDIA NEWS Mãe que deixou bebê morrer desnutrida e afogada para ir a pagode pega 24 anos de prisão No dia do crime, pai reclamou para a polícia que não poderia perder o futebol na TV
Foto: DIvulgação MPE / Ilustração gráfica Caribel News

Lorrayne Guimarães Torres e Gilson Gonçalves foram condenados a 24 anos de prisão, cada um, por permitir que o bebê, com problema cerebral gravíssimo, ficasse desnutrido até a morte, em dezembro de 2015.

Enquanto a criança precisava de cuidados especiais, a mãe foi para o pagode e o pai foi assistir futebol na TV. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (7), em Corumbá e durou 12 horas.

A acusação de homicídio triplamente qualificado foi feita pelo promotor Fabio Adalberto Cardoso de Morais e a decisão foi do juiz substituto Deyvis Ecoo. Conforme a denúncia, a pequena Ayla Gabrielly Torres, de pouco mais de um mês, era prematura e tinha hidrocefalia. A criança tinha dificuldade em engolir, por isso ficou internada em um hospital.  

A denúncia diz ainda que a mãe retirou a criança da unidade médica alegando estar de ''saco cheio'' de ir todos os dias ao hospital. Ela assumiu o risco e levou a bebê para a casa do casal. O pai não se opôs à conduta da mãe, inclusive pouco se preocupou com a filha desde a gestação até a morte.

O Ministério Público afirmou que, além de não prestarem os mínimos cuidados à bebê, os pais retiraram a sonda dela, única forma que a alimentava, cortando a alimentação e provocando a desnutrição.

Em 24 de janeiro de 2016, no início da noite, diz o MPE,  a mãe deu mamadeira para a bebê e a largou na casa de uma vizinha, dizendo iria apenas a um aniversário e voltaria logo. No entanto, foi para o "Pagode da Pesada". O pai ninguém sabia onde estava.

A bebê, conforme o processo, morreu na mesma noite, por volta das 22hs, por bronco-aspiração por meio líquido e desnutrida. A mãe chegou 3 horas da manhã, embriagada  já com o SAMU atendendo a vítima. Como o médico do SAMU não viu sinais de violência na bebê, não acionou a polícia. Pai e mãe dormiram com a bebê morta em casa.

A acusação sustentou que, na manhã seguinte, a mãe saiu pelas ruas com a bebê no colo e o pai, sem se importar, ficou em casa assistindo a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, entre Corinthians e Flamengo. Ele fez questão de dizer à Polícia Civil que o jogo estava 2 x 0 para o Corinthians, quando os policiais chegaram em sua casa.

Os pais foram presos e os policiais ainda encontraram quase 160 trouxinhas de pasta base de cocaína em um pacote de fraldas.





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